MORTE TRÁGICA

Brasileiro morre queimado em incêndio florestal em Portugal

Homem de 28 anos trabalhava em uma empresa de exploração florestal e tentava recuperar equipamentos em meio às chamas

Incêndio florestal em Portugal.Créditos: Reprodução/Instagram
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Um brasileiro de 28 anos morreu carbonizado nesta segunda-feira (16), vítima de um incêndio florestal que atinge Portugal. Ele vivia e trabalhava para uma empresa de exploração florestal no distrito de Aveiro, uma das regiões mais afetadas pelas chamas, que já devastaram mais de 10 mil hectares.

De acordo com as autoridades locais, o corpo do brasileiro foi encontrado em Albergaria-a-Velha. Ele teria entrado na floresta na tentativa de recuperar equipamentos de sua empresa quando foi surpreendido pelo avanço do fogo.

"Pelos fatos apurados até ao momento, trata-se de um cidadão de nacionalidade brasileira, de 28 anos, funcionário de uma empresa que se dedica à exploração florestal. Este cidadão terá ido, juntamente com outros funcionários da empresa, recuperar alguma máquina que se encontrava na zona afetada pelo incêndio", informou a Guarda Nacional Republicana (GNR).

A identidade da vítima ainda não foi divulgada. O corpo está sendo analisado pelo Instituto Médico Legal (IML) e, após a emissão do laudo, a Polícia Judiciária de Portugal deverá iniciar uma investigação para apurar as circunstâncias da morte.

Com a morte do brasileiro, sobe para quatro o número de vítimas fatais dos incêndios florestais que assolam Portugal desde o último domingo (15).

Incêndios em Portugal

Desde domingo, Portugal enfrenta uma série de incêndios que afetam principalmente as regiões Centro e Norte, resultando até o momento em quatro mortes e pelo menos 40 feridos. Os distritos mais impactados incluem Aveiro, Viseu e Porto, onde as chamas já consumiram mais de 10 mil hectares.

Cerca de 5 mil bombeiros e 21 aeronaves estão mobilizados no combate aos 27 focos de incêndio ativos, e mais de 100 pessoas foram deslocadas preventivamente.

O governo português decretou situação de alerta até quinta-feira (19), devido ao elevado risco de novos incêndios, agravado pelas condições meteorológicas adversas, incluindo ar seco e altas temperaturas, fatores intensificados pelas mudanças climáticas.