Nesta quinta-feira (19), a candidata à presidência dos EUA Claudia de la Cruz concedeu uma entrevista ao programa Fórum Café. A representante do Partido Socialismo e Liberação (PSL) representa uma pequena fração do eleitorado dos EUA, mas mantém um discurso forte contra o sistema político e econômico do país.
Auto-denominada marxista-leninista, de la Cruz é filha de dominicanos e atua como educadora popular. Durante a conversa, ela cita trabalhos feitos com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Brasil e a escola Florestan Fernandes.
Claudia terá seu nome em 21 estados e poderá ter seu nome escrito nas cédulas de outros 19 estados. Ela não espera vencer o pleito, mas sabe que existe campo para a esquerda crescer de maneira organizada dentro do cenário estadunidense.
Para a candidata, o partido democrata e o partido republicano são "o mesmo partido com dois nomes diferentes". E ela é sumariamente anti-imperialista, e enxerga que este pressuposto político tem crescido nos EUA após o genocídio na Palestina.
"A consciência que está a se desenvolver não é apenas uma consciência anti-guerra, é uma consciência anti-imperialista. E isso é algo que, pelo menos nos 30 anos que tenho feito trabalho aqui, neste país, desde a minha área local até ao nível nacional, não é algo muito normal", afirmou.
"Deveria ser extremamente normal, mas não é muito normal que surja um movimento que além de ser anti-guerra seja anti-imperialista e grande parte do seu caráter também seja anticapitalista. Ou seja, estamos num novo momento de ruptura", completou.
A entrevista de uma hora com Claudia de La Cruz está no Youtube da TV Fórum. Confira: