VENEZUELA

Edmundo González reconhece resultado eleitoral em carta secreta

Documento foi revelado pela Telesur; candidato derrotado reconhece autenticidade, mas afirma que foi coagido

Edmundo González afirma que reconheceu resultados eleitorais sob coaçãoCréditos: Wikimedia Commons
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Um documento assinado pelo ex-candidato da oposição venezuelana Edmundo González Urrutia foi revelado nesta quarta-feira (18), reconhecendo a autoridade do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela.

O escrito foi assinado em 7 de setembro na embaixada espanhola em Caracas e veio à tona hoje em Madri. O documento foi dirigido ao presidente da Assembleia Nacional e líder do chavismo Jorge Rodríguez e valida a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho.

Na carta, Edmundo afirma que “sempre estive e continuarei disposto a reconhecer e acatar as decisões adotadas pelos órgãos de justiça no âmbito da Constituição, incluindo a precitada sentença da Sala Eleitoral, que, embora eu não concorde, acato por se tratar de uma resolução do tribunal máximo da República.”

González completa disposição de reconhecer e acatar as decisões adotadas pelos órgãos de justiça no âmbito da Constituição, incluindo a precitada sentença da Sala Eleitoral. Convencido da necessidade de explorar todas as possibilidades de entendimento no interesse supremo da paz do meu país, desejo expressar meu respeito e reconhecimento às instituições constitucionais, representadas nos cinco poderes do Estado", diz González.

Em sete de setembro, data do documento, Edmundo ainda estava na Venezuela com asilo na Embaixada da Espanha.

Ele alegou que assinou, de fato, a carta, mas que só o fez sob coação de Jorge Rodríguez. O chavista, então, afirmou questionou González e prometeu revelar os áudios das conversas de negociações entre ambos. 

“Ele tem 24 horas para negar esta falsa afirmação, o que, de qualquer forma, o faz parecer um covarde”, disse. "Você está me acusando de te coagir de alguma forma. Tenho outras evidências que indicam o contrário. Não me obrigue a mostrá-las, porque pretendo fazê-lo. Você quer que eu mostre?", avisou Rodríguez. “O embaixador espanhol é cúmplice da coerção?”, questionou o parlamentar.

Com informações de Telesur e RT