TRAGÉDIA

Titan: Guarda Costeira divulga última mensagem enviada pela tripulação; saiba qual foi

Submergível implodiu, em 2023, no fundo do Oceano Atlântico causando a morte de cinco pessoas

O submergível Titan.Créditos: OceanGate/Divulgação
Escrito en GLOBAL el

A tragédia que envolveu o submergível Titan, em junho de 2023, que causou a morte de cinco pessoas, continua sendo desvendada. A Guarda Costeira dos Estados Unidos revelou, nesta segunda-feira (16), qual foi a última mensagem enviada pelos tripulantes.

O Titan implodiu durante uma expedição para visitar os destroços do Titanic. Havia cinco pessoas a bordo: Shahzada Dawood, Suleman Dawood, Hamish Harding, Paul-Henri Nargeolet e Stockton Rush, o CEO da empresa OceanGate, responsável pela excursão.

A última mensagem foi enviada pelo comandante do Titan por meio de um sistema de comunicação entre o submergível e o centro de comando, em um navio em alto mar. Logo após o envio, a comunicação foi perdida. A mensagem foi apenas “Está tudo bem aqui”.

Relembre o caso

Durante dias, o mundo acompanhou as buscas pelo Titan, que desapareceu no Oceano Atlântico em uma expedição ao local onde o Titanic afundou. Após dias de busca, os destroços do veículo subaquático foram encontrados a 500 metros do navio, colocando um fim nessa odisseia. 

Ao que tudo indica, a causa do desastre foi uma “implosão catastrófica”, que resultou na morte de todos.

O que é uma implosão catastrófica?

A grande maioria dos submersíveis e submarinos que operam em profundidade, possui um vaso de pressão feito de um único material metálico de alta resistência ao escoamento.

Ele geralmente é feito de aço para profundidades relativamente rasas (menos de 300 metros ou mais) ou titânio para profundidades mais profundas. Para poder suportar as pressões de esmagamento esperadas de até 12 mil pés (cerca de 4 mil metros), um vaso de pressão grosso de aço ou titânio tem geralmente uma forma esférica.

O Titan, no entanto, era diferente

Seu vaso de pressão era feito de uma combinação de titânio e fibra de carbono composta. Isso é um tanto incomum do ponto de vista da engenharia, pois, em um contexto de mergulho profundo, o titânio e a fibra de carbono são materiais com propriedades muito diferentes.

O titânio é elástico e pode acomodar uma ampla gama de tensões sem qualquer tensão permanente mensurável remanescente após o retorno à pressão atmosférica. Ele se contrai para acomodar as forças de pressão e se expande novamente quando essas forças são aliviadas. Um composto de fibra de carbono, por outro lado, é muito mais rígido e não tem o mesmo tipo de elasticidade.

O que se pode afirmar, quase com certeza, é que algum tipo de perda de integridade teria ocorrido devido às diferenças entre esses materiais.

Isso teria criado uma falha que desencadeou a implosão instantânea devido à pressão subaquática. Em menos de um segundo, a embarcação, empurrada para baixo pelo peso de uma coluna de água de 12 mil pés, teria implodido imediatamente por todos os lados.

Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.

Temas