Apesar dos constantes ataques do presidente argentino Javier Milei ao mandatário brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil atendeu um apelo feito pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina e vai assumir o comando da embaixada do país na Venezuela.
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A embaixada argentina em Caracas foi fechada após o presidente venezuelano Nicolás Maduro expulsar do país o corpo diplomático de países que não reconheceram sua vitória na eleição presidencial do último domingo (28). Ao assumir o prédio da representação argentina na Venezuela, o Brasil ficará responsável por cuidar do imóvel, documentos, arquivos e prestar serviços consulares ao cidadãos argentinos no país.
Além disso, o Brasil deve garantir a proteção de seis venezuelanos opositores ao governo Maduro, membros da equipe da líder opositora Maria Corina Machado, que alegam serem alvos de perseguição e que estão vivendo em asilo na embaixada da Argentina sob a proteção do governo Milei.
O ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, atual assessor especial para assuntos internacionais do presidente Lula, teria pedido a Maduro, em reunião com o presidente venezuelano, para que não ordene uma invasão à embaixada argentina e prisão dos opositores.
Através das redes sociais, Maria Corina Machado agradeceu ao governo brasileiro por ter aceitado assumir a custódia da embaixada argentina.
"Agradecemos ao governo do Brasil pela disposição em assumir a representação diplomática e consular da República Argentina na Venezuela, e a proteção de sua sede e residência, bem como a integridade física de nossos colegas asilados na referida residência. Isto poderia contribuir para o avanço de um processo de negociação construtivo e eficaz como o que o Brasil tem apoiado", escreveu a líder opositora.
A previsão é que ainda nesta quinta-feira (1) a bandeira brasileira seja hasteada no prédio da embaixada da Argentina em Caracas. O Brasil deve, ainda, assumir também o comando da embaixada do Peru, cujo corpo diplomático também foi expulso do país pelo governo Maduro.