O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, um progressista do Partido Trabalhista, suspendeu a macabra lei aprovada por seu antecessor, o conservador Rishi Sunak, que estabeleceu uma extradição forçada de todos os imigrantes ilegais, de qualquer nacionalidade, para Ruanda, um dos países mais pobres do mundo, na África.
“O esquema de Ruanda estava morto e enterrado antes mesmo de começar... Não estou disposto a prosseguir com artimanhas que não funcionam”, declarou o líder britânico de esquerda, que já tinha assinalado que pretendia revogar a medida ainda em sua campanha eleitoral.
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Starmer disse numa coletiva de imprensa que seu governo recém-formado pretende combater a imigração ilegal de outra forma, como por exemplo a implantação de um “Comando de Segurança de Fronteiras”, composto por servidores de diferentes órgãos, como policiais, agentes do serviço de inteligência e procuradores de Justiça, que atuariam em parceria com entidades de outros países para colocar fim no trágico e sinistro tráfico de pessoas.
O Reino Unido registrou um recorde preocupante neste a ano de 2024. Apenas de 1° de janeiro até o fim de maio, mais de 7.500 pessoas conseguiram chegar ao rico arquipélago atravessando o Canal da Mancha, que separa o país insular do continente europeu, utilizando embarcações precárias que partem quase sempre do território francês.
A lei que prevê a deportação desses cidadãos estrangeiros para Ruanda, muitos deles com pedidos de asilo político, foi alvo de uma intensa batalha judicial, uma vez que, para qualquer um que analise a proposta, é inevitável não perceber as intenções cruéis da ideia. A pequena nação africana, em meio à selva, tem um dos mais precários IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo.