Uma mulher chamada Sandra Hemme passou na cadeia 43 anos, dos seus 64 de vida. Ela foi condenada, injustamente, à prisão perpétua por assassinato, nos Estados Unidos. Após mais de quatro décadas encarcerada, enfim, ela foi libertada.
A ONG Innocence Project, que acompanhou diretamente o caso da estadunidense, informou que ela foi a mulher que passou mais tempo presa injustamente no país. No dia 14 de junho, o juiz do condado de Livingston, Ryan Horsman, anulou a condenação de Sandra pelo assassinato de Patricia Jeschke, em 1980.
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O tribunal demorou muito, mas entendeu que Sandra provou sua inocência e que a única evidência que a ligava ao crime eram as declarações “inconsistentes” que foram feitas enquanto ela sofria em crise psiquiátrica e “dor física”.
A ONG destacou que as confissões falsas foram tiradas de Sandra enquanto ela estava internada em hospital psiquiátrico e sendo medicada à força.
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“Nenhuma testemunha ligou a Sra. Hemme ao assassinato, à vítima ou à cena do crime. Ela não tinha motivo para machucar a Sra. Jeschke, nem havia nenhuma evidência de que as duas tivessem se conhecido. Nenhuma evidência física ou forense ligou a Sra. Hemme ao assassinato. A única evidência que ligou a Sra. Hemme ao crime foram suas próprias confissões falsas e não confiáveis: declarações tiradas dela enquanto ela estava sendo tratada no hospital psiquiátrico estadual e recebendo medicamentos à força, literalmente projetados para dominar sua vontade”, relatou um representante da ONG.
ONG denuncia polícia
“Ao mesmo tempo, o Departamento de Polícia de St. Joseph escondeu evidências que implicavam um dos seus: um colega policial foi encontrado usando o cartão de crédito da vítima no dia seguinte ao assassinato. Sua caminhonete foi vista estacionada perto da casa da vítima no momento em que ela foi morta e ele foi pego escondendo os brincos da vítima em sua casa”, acrescentou a organização.