Itamar Ben Gvir, o ministro da Segurança Nacional de Israel, usou as redes sociais no último domingo (30) para defender a legalização da execução sumária de prisioneiros palestinos. Segundo seu discurso, o objetivo de "resolver" o problema da superlotação dos presídios israelenses.
“É uma vergonha termos de lidar, nos últimos dias, com a questão se os presos palestinos merecem ou não receber uma cesta de frutas. Deveriam ser todos mortos com tiros na cabeça”, disse Ben Gvir.
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Em seu curto discurso, ele defende um projeto de lei do seu partido, o Otzma Yehut, que prevê exatamente a legalização dessas execuções. De acordo com o site Monitor do Oriente, o nome do partido significa “Poder Judeu” e a organização é conhecida por ser supremacista. No contexto israelense, quer dizer que defendem a ideia de Israel como um Estado exclusivamente judeu ao invés de um Estado laico e aberto a outras religiões.
“Nosso projeto de lei para executar os prisioneiros palestinos tem de ser aprovado em sua terceira leitura no parlamento. Até lá, daremos o mínimo de comida para que sobrevivam, eu não me importo”, concluiu.
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Desde outubro passado, com a nova escalada de bombardeios e massacres em Gaza, não foram apenas os mortos que multiplicaram, mas também os presos. A Comissão de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros Palestinos e o Clube dos Prisioneiros Palestinos estimam quase 10 mil palestinos presos em Israel, sem contar os que foram recentemente capturados em Gaza.
De acordo com as entidades monitoram as cadeias da região, a maioria dos prisioneiros palestinos em Israel estão sob detenção provisória e ainda não tiveram nem um julgamento e nem uma acusação pela qual são mantidos presos. O projeto do partido de Ben Gvir, bem como sua frase, são criticados pelas entidades como incitação a punição coletiva, aos crimes de guerra e ao genocídio.
No últimos 9 meses, nessa recente escalada contra os palestinos da Faixa de Gaza, os israelenses já mataram 37.877 palestinos, deixaram 87 mil feridos e dois milhões de desabrigados, praticamente toda a população do enclave palestino.