SEGURANÇA INTERNA

Ucraniano-russo preso com explosivos perto do aeroporto de Paris após detonação acidental

Homem da região do Donbass mandou quarto do hotel em que estava pelos ares e ficou ferido. Capital francesa está às vésperas dos Jogos Olímpicos. Veja o que se sabe

Créditos: Ministério do Interior da França
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De LISBOA | Uma situação fortuita ocorrida na segunda-feira (3), num hotel localizado nas proximidades do Aeroporto Charles de Gaulle, ao norte de Paris, acabou por revelar que a França corre um sério risco de ataque terrorista a apenas dois meses do início dos Jogos Olímpicos. Um homem com nacionalidades ucraniana e russa, nascido na região do Donbass, de 26 anos, acabou explodindo acidentalmente o quarto em que estava hospedado, ficando seriamente ferido com queimaduras.

Ao chegar no local, a Polícia Nacional localizou um grande volume de material químico para produção de artefatos explosivos, o que fez com que os serviços de inteligência franceses imaginassem prontamente que o sujeito estava prestes a cometer um ataque na Cidade Luz. O estado de saúde dele não foi revelado pelas autoridades.

De acordo com uma fonte da Promotoria Antiterrorismo Francesa (PNAT) ouvida em condição de anonimato pela rede France24, logo após o incidente, a DGSE (Direção Geral de Segurança Exterior da França), que serve como serviço secreto, de espionagem e de contraterrorismo abriu um inquérito em parceria com a DGSI (Direção Geral de Segurança Interna da França), que funciona como uma agência de inteligência doméstica, para apurar quais seriam os planos do indivíduo que se explodiu de forma acidental.

Os recentes embates políticos entre o presidente francês, Emmanuel Macron, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, na esteira da guerra travada por este último com a Ucrânia, que já dura mais de dois anos, seria também uma possibilidade analisada pelos agentes a serviço do Palácio do Eliseu. Recentemente, a França realizou um teste com um de seus mísseis supersônicos com capacidade para transportar grandes cargas nucleares, o que foi lido como uma espécie de “resposta” de Macron a Putin após exercícios russos com armamentos atômicos efetuados semanas antes.