O presidente Lula (PT) marcou presença no encontro anual do G7, coalizão composta por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Neste ano, o país-sede foi a Itália, que atualmente é governada pelo partido de extrema direita Irmãos de Itália, sob a liderança de Giorgia Meloni.
Apesar do Brasil não fazer parte do G7, o presidente Lula esteve presente para realizar uma série de reuniões bilaterais.
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Durante o encontro, o presidente destacou o apoio explícito do G7 às propostas brasileiras para uma nova governança global, que inclui mudanças na composição e funcionamento das Nações Unidas. Lula também enfatizou a necessidade de uma aliança global contra a fome e a pobreza, a ser discutida na cúpula do G20, que ocorrerá no Brasil este ano.
No entanto, um momento tem gerado ampla discussão nas redes e tem sido muito utilizado por perfis de extrema direita: um vídeo que circula pelas redes sociais mostra o momento em que a anfitriã do encontro, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, teria recusado um abraço do presidente Lula.
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Porém, o vídeo em que supostamente Giorgia Meloni teria recusado um abraço do presidente Lula é mais uma fake news produzida por perfis bolsonaristas. O material verdadeiro foi editado para dar a impressão de que Meloni recusa o cumprimento do líder brasileiro, quando na verdade as duas lideranças trocam mais de um abraço.
Confira abaixo o vídeo verdadeiro, onde Giorgia Meloni e Lula trocam abraços:
Lula faz balanço da participação do Brasil na Cúpula do G7
Neste sábado (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um balanço de seus compromissos internacionais em Genebra, Suíça, e Borgo Egnazia, na região de Puglia, Itália, durante uma entrevista coletiva.
Ao longo da semana, Lula participou de reuniões com líderes mundiais e organizações internacionais, além de integrar o Fórum Inaugural da Coalizão para Justiça Social da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Cúpula do G7, composta por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Durante o encontro, o presidente destacou o apoio explícito do G7 às propostas brasileiras para uma nova governança global, que inclui mudanças na composição e funcionamento das Nações Unidas. Lula também enfatizou a necessidade de uma aliança global contra a fome e a pobreza, a ser discutida na cúpula do G20, que ocorrerá no Brasil este ano.
"Não é possível que você tenha meia dúzia de pessoas que têm mais dinheiro que o PIB da Inglaterra, que o PIB da Espanha, que o PIB de Portugal e que o PIB da Alemanha juntos. Não é possível. Não é possível que tão poucos tenham tanto dinheiro e muitos tenham tão pouco. É preciso dar um certo equilíbrio se a gente quiser acabar com a fome, se a gente quiser fazer justiça social nesse país", disse Lula.
Brasil na presidência do G20
Lula convocou líderes mundiais para se engajarem na luta contra a desigualdade, fome e pobreza, durante os encontros realizados na Europa.
"Convidei todos para entrarem na briga contra a desigualdade, contra a fome e a pobreza. Não é possível que meia dúzia de pessoas tenham mais dinheiro que o PIB da Inglaterra, da Espanha, de Portugal e da Alemanha juntos. É preciso dar um certo equilíbrio se a gente quiser acabar com a fome, se a gente quiser fazer justiça social nesse país", destacou Lula.
O presidente ressaltou que durante suas reuniões, convidou os líderes a participarem ativamente do G20, grupo que o Brasil preside atualmente, cuja cúpula será realizada nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Antes disso, em julho, o governo brasileiro planeja lançar um programa de combate à fome e à pobreza no âmbito do G20. Lula observou o entusiasmo dos dirigentes em participar do evento e incentivou a presença de empresários para fomentar o comércio exterior.
"Tenho convidado os presidentes dizendo para eles: 'Eu gostaria que você fosse ao Brasil e que levasse muitos empresários para que se juntem aos empresários brasileiros e façam negociações, porque é preciso aumentar a rentabilidade de cada país, o comércio exterior, o fluxo da balança comercial. E quem trata disso é empresário, não é governo. O governo só abre a porta'", afirmou Lula.
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