Desde sexta-feira (24), os moradores de Enga, na região montanhosa de Papua Nova Guiné, na Oceania, tem enfrentado uma tragédia climática de proporções gigantescas.
Após chuvas intensas na região, um deslizamento de terra na província caiu sobre a residência de milhares de pessoas, com o governo papuásio estimando mais de duas mil pessoas soterradas vivas na região.
Os danos infraestruturais causados pela chuva dificultam o resgate das vítimas. Até o momento, menos de uma centena de pessoas foram resgatadas.
A ONU estima pelo menos 670 mortos e mais de mil desabrigados pelo gigantesco desmoronamento no país, que tem um índice de desenvolvimento humano baixo, com níveis baixos de educação, saúde e infraestrutura. A região de Enga possui um IDH de 0.48, equiparável com a dos países mais pobres da África Subsaariana.
Veja vídeos do resgate e da destruição:
O que relata a ONU
A Agência para Imigrantes da ONU tem seis trabalhadores humanitários no local, juntamente com pessoal de outras agências da ONU, ONGs e agências governamentais, afirma a entidade em seu portal de notícias.
Segundo reportagens no local, as condições continuam perigosas para esforços humanitários, com águas descendo em um "rio de lama" escorrendo das montanhas.
“As Nações Unidas estão a monitorizar a situação de muito perto, em colaboração com as autoridades governamentais nacionais e provinciais, incluindo outros parceiros, para determinar a extensão dos danos, as vítimas e a possível assistência que pode ser necessária para as pessoas afetadas", afirma o Escritório das Nações Unidas em Papua Nova Guiné.