DEMOCRACIA

Parlamentares de Brasil e EUA comparam golpismo nos dois países: "ameaças à democracia no mundo"

Em declaração conjunta, membros da Congresso e do Capitólio assinam carta para combater golpismo nos EUA e no Brasil

Delegação de parlamentares brasileiros fez intercâmbio sobre democracia e combate ao golpismo nos EUA e no BrasilCréditos: Reprodução/Twitter/elizianegama
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Um grupo de parlamentares brasileiros e estadunidenses assinou uma declaração conjunta contra as ameaças à democracia que afetaram os dos países nos últimos anos.

Deputados e senadores brasileiros envolvidos nos trâmites da CPMI dos Atos Golpistas e liderados pela relatora Eliziane Game (PSD-MA) conversaram com deputados democratas para estabelecimento de melhores relações no âmbito da defesa institucional da democracia.

Além de Gama, assinam a declaração o senador Humberto Costa (PT-SE), a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o deputado Henrique Vieira (PSOL-RJ), o deputado Rafael Brito (MDB-AL), o deputado Rogério Correia (PT-MG), além do deputado Duarte Junior
 (PSB-MA) e os senadores Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Soraya Thronicke (Podemos-MS).

Os estadunidenses que assinam o documento são Jamie Raskin, Sydney Kamlager-Dove, Delia C. Ramirez, Chuy García, Greg Casa, Jonathan Jackson e Raúl Grijalva, que investigaram o 6 de janeiro de 2021, tentativa de golpe contra Joe Biden nos EUA pelos trumpistas.

O que diz o documento?

"Reconhecemos os paralelos próximos e inquietantes entre os eventos de 06 de janeiro de 2021, nos Estados Unidos, e o de 08 de janeiro de 2023, no Brasil. As graves tentativas de subverter os resultados de eleições através de fraude e violência refletem uma crescente ameaça global às instituições democráticas", diz o documento.

"É imperativo que os legisladores comprometidos com a democracia e a liberdade se unam internacionalmente para combater práticas antidemocráticas, como a proliferação do discurso de ódio e a utilização de bodes expiatórios para transferir responsabilidades, a discriminação baseada em raça e gênero, a disseminação de desinformação online e a promoção de violência política e autoritarismo", continua o texto.

"Reafirmamos nosso compromisso inabalável com os princípios democráticos de governança, o estado de direito, o respeito aos direitos humanos, a liberdade de expressão e o sistema de freios e contrapesos constitucionais entre os três poderes. É fundamental garantir processos eleitorais livres, justos e transparentes para a integridade das nossas sociedades", completa a nota.