O senador estadunidense Lindsey Graham, da Carolina do Sul, deixou no ar a ideia de que Israel poderia atirar uma bomba atômica em Gaza para acabar com o Hamas.
Durante uma discussão com uma âncora da rede de TV NBC, Graham perguntou: "Por que jogamos duas bombas, bombas nucleares, em Hiroshima e Nagasaki? Para vencer uma guerra que não podíamos perder. Você não entende o perigo que Israel está correndo".
Te podría interesar
Graham argumentou que Israel deve fazer tudo o que for preciso "para sobreviver". Ele sugeriu que o governo de Joe Biden libere os carregamentos de bombas que está negando para que Tel Aviv bombardeie Rafah.
O governo de Benjamin Netanyahu insiste em atacar a cidade onde vivem provisoriamente refugiados de outras regiões destruídas de Gaza, alegando que pretende eliminar o Hamas.
Te podría interesar
O uso de uma bomba atômica em Gaza causaria a morte de centenas de milhares de civis.
Em 221 dias de guerra, 37 mil pessoas morreram e quase 95 mil ficaram feridas em Israel, Gaza e Cisjordânia.
EGITO SE AFASTA?
Depois que Israel assumiu o controle da passagem de Rafah, alegando que pretende afogar o Hamas, o Egito está rebaixando suas relações diplomáticas com Tel Aviv.
A passagem fica na fronteira de Gaza com o Egito.
O Cairo decidiu se juntar à África do Sul no caso em que Pretoria acusa Israel de cometer genocídio, na Corte Internacional de Justiça.
Depois da Jordânia, o Egito é o país árabe com relações mais próximas com Israel.
Autoridades estadunidenses citadas pela rede Jazeera dizem que Tel Aviv já colocou tanques e tropas em número suficiente para levar adiante a invasão terrestre de Rafah.
Nas últimas semanas, quase 500 mil pessoas já deixaram a cidade às pressas, em busca de refúgios ainda mais precários.
Apesar do crescente isolamento internacional, que se aprofundou com os acampamentos estudantis pró-Gaza em todo o mundo, Israel se sustenta com o apoio de seu poderoso lobby nos Estados Unidos, que financia a campanha de deputados e senadores como Lindsey Graham.