TENSÃO NO ORIENTE MÉDIO

Irã x Israel: como chefes de Estado pelo mundo reagiram ao ataque

Maior parte dos governantes condena investida iraniana, que se tratou de uma retaliação a ataque anterior israelense

Irã lança mísseis contra Israel.Créditos: Agência de Notícias da República Islâmica do Irã (IRNA)
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O ataque sem precedentes do Irã a Israel gerou preocupação entre chefes de Estado do mundo todo, que temem uma ampliação do conflito que hoje se limita ao Oriente Médio. Na noite deste sábado (13), forças militares iranianas lançaram mais de 300 projéteis –entre drones e mísseis balísticos contra o território israelense. 

O governo de Benjamin Netanyahu informou que mais de 99% desses mísseis foram interceptados, mas mesmo assim vem prometendo resposta. O ataque do Irã, por sua vez, foi uma retaliação ao ataque israelense de 1º de abril à sua embaixada na Síria. 

"O Estado de Israel é forte, as Forças de Defesa são fortes, o povo de Israel é forte. Juntos resistiremos e, com a ajuda de Deus, juntos venceremos todos os nossos inimigos", escreveu o primeiro-ministro israelense após a investida do país persa. 

Já a missão permanente do Irã nas Nações Unidas publicou um comunicado sobre o ataque. 

"Conduzida com base no Artigo 51 da Carta das Nações Unidas relativo à defesa legítima, a ação militar do Irã foi em resposta à agressão do regime sionista contra as nossas instalações diplomáticas em Damasco". 

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Hossein Amir Abdollahian, por sua vez, fez um alerta aos Estados Unidos para que o país não se junte a Israel em um possível revide. 

“Deixamos claro aos EUA que as nossas ações são limitadas e têm como objetivo punir Israel. Dissemos aos países vizinhos da região que a resposta iraniana era uma defesa legítima e justa. Se os EUA intervirem, iremos confrontá-lo”. 

Ainda neste domingo (14), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) fará uma reunião emergencial para debater o conflito. 

O que dizem os chefes de Estado 

Chefes de Estado e governo de todo o mundo vêm se manifestando sobre a escalada do conflito no Oriente Médio. No Brasil, o comunicado oficial partiu do Ministério das Relações Exteriores, que expressou "grave preocupação" diante da situação. Confira a íntegra da nota aqui

  • Joe Biden, presidente dos Estados Unidos

"Condeno os ataques do Irã nos termos mais veementes possíveis e reafirmo o firme compromisso da América com a segurança de Israel". 

  • Emmanuel Macron, presidente da França 

"Condeno nos termos mais veementes o ataque sem precedentes lançado pelo Irã contra Israel, que ameaça desestabilizar a região. Expresso a minha solidariedade para com o povo israelita e o empenho da França na segurança de Israel, dos nossos parceiros e da estabilidade regional. A França está a trabalhando desescalada com os seus parceiros e apela à contenção".

 

  • Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido 

"O ataque do Irã na noite passada foi uma escalada perigosa e desnecessária. Quero prestar homenagem ao profissionalismo e à bravura da Força Aérea Real e dos nossos aliados na proteção dos civis". 

  • Olaf Scholz, chanceler da Alemanha 

"O ataque ao território israelita que o Irã lançou esta noite é injustificável e altamente irresponsável. O Irã arrisca uma nova escalada na região. A Alemanha apoia Israel e discutiremos a situação com os nossos aliados"

  • Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha 

"Depois de uma longa e angustiante noite em que foi confirmada a dimensão do ataque perpetrado pelo Irã, o Governo de Espanha condena-o, como condenou e condenará sempre todas as formas de violência que ameaçam a segurança e o bem-estar de civis inocentes . A resposta de todos os líderes internacionais exige responsabilidade e moderação. Devemos aprender com a história e encontrar uma forma de resolver os conflitos através de meios diplomáticos, evitando a todo custo uma escalada ainda maior". 

  • Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália 

"O Governo italiano reitera a sua condenação dos ataques iranianos contra Israel. A presidência italiana do G7 organizou uma conferência a nível de líderes para a primeira tarde de hoje. Expressamos forte preocupação com uma maior desestabilização da região e continuamos a trabalhar para evitá-la".

  • Andrés Manuel Lopez Obrador, presidente do México 

"Esperemos que o conflito no Médio Oriente não se agrave. A guerra é irracional, sinônimo de sofrimento e morte; Não beneficia ninguém, nem mesmo os magnatas e os governantes belicistas. Apoiemos a paz e a fraternidade universal. A máxima de que a política, entre outras coisas, foi inventada para evitar a guerra não deve cair em desuso". 

*Matéria em atualização