ALERTA MÁXIMO

Israel promete resposta dura a eventual ataque do Irã

Pressão para Teerã não escalar a guerra

Promessa.O líder espiritual do Irã disse que Israel "será punido".Créditos: Wikipedia
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Os Estados Unidos estão pressionando fortemente o Irã a não retaliar contra o ataque de Israel ao consulado iraniano em Damasco, que matou sete integrantes da Guarda Revolucionária, inclusive um general do mais alto escalão.

Ao mesmo tempo, por precaução, Washington determinou que seu pessoal diplomático e familiares não façam viagens dentro de Israel.

Depois de receber ligações de seus congêneres do Reino Unido, Alemanha e Austrália, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, escreveu:

"Reiterei que quando o regime sionista atropela o direito internacional e as Convenções de Viena e viola a imunidade dos agentes e instalações diplomáticas, e o Conselho de Segurança da ONU é incapaz de emitir uma declaração condenando o ataque terrorista à Embaixada em Damasco, a legítima defesa com o objetivo de punir o agressor torna-se uma necessidade. Também encorajei Alemanha, Reino Unido e Austrália a expressar explicitamente as suas posições na condenação deste crime terrorista cometido pelo regime de Israel. O Irã não procura uma escalada das hostilidades, mas o regresso da segurança à sensível região da Ásia Ocidental está ligada ao controle dos líderes belicistas e perturbados do regime sionista e à cessação dos crimes de guerra em Gaza e na Cisjordânia".

As chamadas teriam sido feitas a pedido do presidente Joe Biden.

Os EUA também recorreram à China, Turquia e Arábia Saudita para dissuadir o Irã de um ataque que leve à escalada da guerra.

Ao mesmo tempo, Biden prometeu apoio militar a Israel, que se daria na interceptação de mísseis e drones eventualmente disparados pelo Irã.

A PIOR CRISE

O senador republicano Marco Rubio, aliado próximo de Israel, disse que se o Irã atacar Israel a resposta de Tel Aviv será ainda mais dura, colocando o mundo numa crise equivalente à da guerra do Yom Kippur, em 1973.

Ao conversar com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, o ministro israelense Yoav Gallant disse:

Um ataque iraniano direto exigirá uma resposta israelense adequada contra o Irã.

Neste baile de dança e contradança, que envolve muita postura e propaganda, Israel está tentando estabelecer limites a uma eventual represália iraniana.

É provável que se o Irã disparar mísseis diretamente contra o território de Israel, haverá resposta.

Os Estados Unidos sustentam que a questão não é saber se haverá ataque, mas quando, onde e como.

Por precaução, a Rússia fez um alerta a seus cidadãos sobre viagens ao Oriente Médio, especialmente Israel, Líbano e territórios palestinos ocupados.

A empresa aérea alemã Lufthansa cancelou temporariamente os vôos para Teerã.

Passado o feriado do Eid, que encerrou o mês sagrado do Ramadã, uma represália iraniana é vista como iminente, a não ser que negociações entre Israel e o Hamas evoluam rapidamente para um cessar-fogo permanente, com a libertação dos reféns que sobreviveram aos bombardeios de Israel em Gaza.

O líder máximo do Irã, aiatolá Khamenei, disse na quarta-feira, 10:

O regime sionista cometeu um erro, deve ser punido e será punido.

 

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