Autoridades peruanas realizaram, na madrugada deste sábado (30), uma ação de busca e apreensão na residência da presidente Dina Boluarte, como parte de uma investigação em andamento sobre suposto enriquecimento ilícito. O foco da operação foi a apreensão de relógios Rolex que a presidente não teria declarado como parte de seu patrimônio.
Cerca de 40 agentes e promotores participaram da operação, autorizada pelo Supremo Tribunal de Investigação Preparatória, após solicitação do Procurador-Geral. A invasão, realizada no distrito de Surquillo, em Lima, foi transmitida ao vivo pela televisão local, mostrando o cerco à residência e a mobilização policial nas ruas adjacentes.
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O caso ganhou destaque após uma denúncia jornalística revelar uma suposta coleção de relógios de luxo que não teriam sido declarados entre os bens da presidente. Desde então, Dina Boluarte é alvo de investigações por suposto crime de enriquecimento ilícito e omissão de declarações em documentos públicos.
A ação das autoridades ocorreu após o Ministério Público recusar o pedido da presidente para adiar uma convocação fiscal destinada a apresentar os relógios e seus comprovantes de aquisição. No entanto, mesmo que seja acusada, ela não poderá ser julgada até julho de 2026, quando seu mandato chega ao fim, conforme estabelecido pela Constituição do Peru.
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Impeachment?
O escândalo levantou a possibilidade de um pedido de impeachment contra Dina, embora isso dependa de uma aliança entre partidos de direita e esquerda no Congresso, o que pode ser uma tarefa complexa devido ao apoio majoritário que a presidente possui.
Até o momento, a presidência peruana não emitiu nenhuma declaração oficial sobre o ocorrido, e não se sabe ao certo o paradeiro da presidente. Dina, por sua vez, afirmou anteriormente que os relógios em questão são antigos e fruto de seu próprio esforço, destacando sua integridade e prometendo sair do cargo com a mesma honestidade com que entrou.