CASO MARIELLE

Marielle Franco: prisão de mandantes suspeitos do assassinato é notícia no mundo inteiro

Veículos dos mais diversos países do mundo dão destaque às prisões de Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa; veja

Manchetes internacionais sobre a prisão dos mandantes suspeitos de assassinar Marielle.Créditos: Reprodução
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A prisão dos mandantes suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco vem repercutindo em manchetes internacionais. Além dos irmãos Domingos Brazão, conselheiro Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, foi preso ainda Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil.

O caso está sendo acompanhado por veículos de comunicação de países da Europa, da América Latina e também pelos Estados Unidos.

Após seis anos, quando a morte brutal da vereadora e seu motorista Anderson Gomes ganhou destaque na mídia internacional, o mundo volta a atenção para mais um desdobramento importante do caso, que busca justiça por Marielle.

O jornal britânico The Guardian, por exemplo, relembrou a linha do tempo da investigação e a repercussão do caso em 2018: “A operação – chamada Murder, Inc – foi lançada na madrugada de domingo e ocorreu pouco mais de seis anos depois que o assassinato de Franco e seu motorista, Anderson Gomes, causou protestos internacionais”.

A Fórum reuniu as principais manchetes internacionais, veja a seguir:

The Guardian

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O jornal britânico The Guardian destacou que “Seis anos após o assassinato, o assassino que confessou ter puxado o gatilho, um ex-policial chamado Ronnie Lessa, está atrás das grades aguardando julgamento. No entanto, até agora os arquitetos do crime permaneceram foragidos e as suas motivações permanecem um mistério.”

AP News

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A Agência de Notícias independente Associeted Press, Ap News, disse que o “tiroteio, que assassinou a vereadora, abalou profundamente o Brasil” e que “A investigação do assassinato de Franco estava conturbada há anos.”

Infobae 

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Já o jornal argentino Infobae ressaltou que com a prisão dos mandantes, está comprovado que a motivação do crime foi política. “Os detidos são o deputado federal José 'Chiquinho' Brazão, seu irmão Domingos Brazão, funcionário do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e o ex-chefe da Polícia Civil daquela cidade Rivaldo Barbosa, todos reforçando que o assassinato do vereador Teve uma motivação claramente política.”

Reuters

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A agência de notícias Reuters também foi um dos veículos a publicar a notícia e destacou a luta de Marielle pelas causas sociais. “Uma estrela em ascensão no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Franco foi uma crítica aberta dos assassinatos de moradores de favelas do Rio pela polícia e sua morte gerou protestos em todo o país por parte de brasileiros fartos da violência endêmica.”

The Telegraph

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O jornal americano The Telegraph afirmou que “a violência política não é incomum no Rio, e tais assassinatos estão frequentemente ligados a disputas territoriais e políticas. Mas normalmente ficam sem solução e nunca provocam o mesmo nível de protesto que a morte de Marielle. Ela era uma estrela política em ascensão, tornando-se conhecida ao expor o abuso policial e a violência contra moradores de bairros da classe trabalhadora conhecidos como favelas.”

EL País

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O jornal espanhol EL País destacou que a morte de Marielle foi um divisor de águas na política brasileira. "O assassinato transformou Marielle – negra, bissexual, mãe de adolescente e casada com uma mulher – em um símbolo unificador da esquerda. Foram nesses meses que a extrema direita ganhou força graças a Jair Bolsonaro, que venceu as eleições daquele ano e cujo nome foi divulgado em relação ao caso."

Sapo PT

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Em Portugal, o jornal Sapo PT também publicou o desdobramento do caso e reiterou que o andamento só se deu no governo Lula. “A prisão, de caráter preventivo, foi ordenada pelo Supremo Tribunal Federal, que fiscaliza a investigação há pouco mais de um ano, quando passou para a esfera federal após cerca de cinco anos praticamente paralisada no Rio de Janeiro.”

Sábado PT

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Outro jornal português, o Sábado PT, reiterou que o governo Lula é o responsável pelo andamento do caso. “Nos primeiros meses do governo de Lula da Silva, foi criada uma equipe para investigar o homicídio de Marielle Franco.”

The Washington Post

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Como apontou o jornal americano The Washington Post, Marielle “se destacou como uma das únicas mulheres negras no conselho e, embora sua assertividade e mera presença irritassem alguns, ela permaneceu impassível” e que “a brutalidade do assassinato e a esperança política que ela encarnava a transformara em num símbolo da resistência no Brasil.”