A agência de notícias russa Tass informou que pelo menos 40 pessoas morreram e outras 100 ficaram feridas num ataque realizado à casa de shows Crocus Hall City, em Moscou, ocorrido na noite desta sexta-feira (22). O órgão de imprensa, vinculado ao governo da Rússia, confirmou que a ação foi realizada por ao menos cinco homens vestidos com uniformes camuflados e portando fuzis automáticos.
Com duração entre 20 minutos e meia hora, o ataque contra os civis que aguardavam pela apresentação de um grupo chamado PikNik teve ainda o lançamento de granadas e bombas, que provocaram um incêndio de grandes proporções no topo do edifício. Vídeos e fotos registrados na frente do Crocus City Hall mostram imensas lambares e uma densa coluna de fumaça negra. O fogo foi combatido, confirmam as autoridades de segurança de Moscou, por helicópteros com capacidade para transporte de grandes volumes de água.
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O Ministério Público da Rússia e o Kremlin classificaram a ação armada trágica como um atentando terrorista, mas ainda não deram mais detalhes sobre a autoria do ataque e tampouco quais seriam as razões para o morticínio. Imagens de pessoas gravemente feridas e de grandes poças de sangue, além de muitos corpos, circulam nas redes sociais nas últimas horas.
Pelo que foi divulgado até o momento, é possível ver que os atiradores começaram o ataque ainda no lobby de entrada do estabelecimento de espetáculos, disparando contra seguranças e funcionários que trabalhavam no local. Com capacidade para seis mil pessoas, não foi informado qual era o público exato presente no Crocus City Hall nesta noite.
Segunda a agência Associated Press, o ataque é o mais mortal a ser realizado na Rússia nos últimos 20 anos. A prefeitura de Moscou suspendeu todas as atrações culturais da cidade no fim de semana e os órgãos de segurança pública e de Defesa reforçaram o patrulhamento no aeroporto moscovita e nas estações de trem e de ônibus da região metropolitana.