O deputado e líder do Partido da Liberdade da Holanda Geert Wilders, considerado o "Trump Holandês", assumiu publicamente o seu fracasso nas redes sociais.
O seu partido PVV de extrema-direita ficou em primeiro lugar nas eleições holandesas, mas ficou muito aquém da maioria, conquistando cerca de 15% dos votos.
Ele precisaria formar uma coalizão com mais de 38 deputados de uma dezena de partidos para conquistar uma maioria parlamentar e governar como primeiro ministro de maneira muito instável.
Como antecipado pela Fórum, a vitória de Wilders era menos preocupante do que parecia em um primeiro momento. Mas ainda assim, ele será parte importante da oposição em um parlamento altamente fragmentado na Holanda.
Através de postagem nas redes sociais, Geert confirmou a derrota:
"Só poderei tornar-me primeiro-ministro se todos os partidos da coligação me apoiarem. Esse não foi o caso. Eu gostaria de um gabinete de direita. Menos asilo e imigração. Holanda primeiro. O amor pelo meu país e pelo meu eleitor é grande e mais importante do que a minha própria posição", afirmou.
A principal plataforma política de Wilders é a islamofobia. Ao longo de sua carreira política, ele foi processado múltiplas vezes por discurso de ódio contra islâmicos e árabes, mas foi considerado inocente em duas ocasiões, aumentando seu capital político em cima da polêmica.
Ele assume uma retórica forte anti-imigração, prega os valores ocidentais e a saída da Holanda da União Europeia. Mas a maioria dos eleitores dos Países Baixos discorda deste tipo de ideologia e rechaça Wilders como premiê. Agora, os trabalhistas-verdes, sociais democratas ecológicos, podem negociar um governo.