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Na Guiana, Lula trabalha pela paz: "Nós não precisamos de guerra"

Presidente destaca investimentos brasileiros no país e articula paz entre Caracas e Georgetown

Lula e Irfaan Ali, presidente da GuianaCréditos: Ricardo Stuckert/PR
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Nesta quinta-feira (29), o presidente Lula se encontrou com o presidente da Guiana Irfaan Ali. A visita oficial do presidente da República contou com a presença de ministros e foi feita no âmbito da reunião da Comunidade do Caribe (Caricom).

Estiveram presentes, além de Lula, diversos ministros Planejamento (Simone Tebet), Transportes (Renan Filho), Portos e Aeroportos (Silvio Costa Filho) e Integração Regional (Waldez Góes).

O presidente brasileiro afirmou que o Brasil tem vontade de fazer grandes investimentos na região e pretender criar uma conexão maior entre Roraima, estado fronteiriço com o país, para escoamento de produtos agrícolas.

"A nossa vinda à Guiana é para afirmar a todos os países que fazem parte da Caricom, que compõem uma comunidade de 19 milhões de habitantes, que todos juntos tem um PIB, aproximadamente, de 120 bilhões de dólares. E que, no caso do Brasil com a Guiana, além dos 12 milhões de brasileiros que aqui residem, que aqui trabalham, nós temos 1.605 quilômetros de fronteira. E, portanto, nós temos todo interesse em discutir com a Guiana muitos temas importantes na área de infraestrutura, na área de segurança alimentar, na área da cooperação fronteiriça, na área de transportes aéreo e rodoviário, na questão de comércio e investimentos, na questão energética, e, uma coisa muito importante, que é a discussão sobre a questão do clima", afirmou Lula.

O presidente afirmou que trabalhará a qualquer custo para evitar um eventual conflito entre Guiana e Venezuela, que disputam a região do Essequibo.

"A nossa integração com a Guiana faz parte da estratégia do Brasil de ajudar não apenas no desenvolvimento, mas trabalhar intensamente para que a gente mantenha a América do Sul como uma zona de paz no planeta Terra. Ou seja, nós não precisamos de guerra. A guerra, ela traz destruição de infraestrutura, traz destruição de vida e traz sofrimento. A paz traz prosperidade, traz educação, traz geração de emprego e tranquilidade aos seres humanos. Esse é o papel que o Brasil pretende jogar na América do Sul e no mundo. Todo mundo sabe que o Brasil é contra a guerra na Ucrânia, todo mundo sabe que o Brasil é contra o que está acontecendo na Faixa de Gaza, da mesma forma que fomos contra aos atos terroristas do Hamas. E todo mundo sabe que o Brasil não tem e não quer contencioso com nenhum país do mundo", completou o presidente brasileiro.

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