Definitivamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pensa em retroceder um só milímetro em sua fala sobre o massacre de palestinos na Faixa de Gaza perpetrado pelas forças militares de Israel, que já deixou quase 30 mil civis mortos, em sua maioria mulheres, crianças e idosos. Mesmo com a reação agressiva do governo extremista de Benjamin Netanyahu à sua primeira declaração, dada na Etiópia, na qual traçou um paralelo entre a matança de agora e o morticínio praticado pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial contra os judeus, que foi reafirmada há dois dias numa entrevista concedida ao jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV!, o estadista sul-americano confirmou pela terceira vez, nesta quarta-feira (28), o que havia dito.
“O genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a nossa humanidade porque questiona nosso próprio senso de humanidade e confirma uma vez mais a preferência pelos gastos militares em vez de investimentos no combate à fome, na Palestina, África, América do Sul e Caribe”, disse Lula em seu discurso na reunião de chefes de Estado da Caricom (Comunidade do Caribe), realizada em Georgetown, na Guiana.
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Lula foi recebido com muitos elogios pelos líderes da região, sobretudo pelo anfitrião, Irfaan Ali, presidente guianense.
“Eu vejo o papel do presidente Lula na região como crucial. Ele tem uma grande responsabilidade sobre seus ombros para fornecer liderança regional e já vem fazendo isso”, começou dizendo o líder que recentemente se viu às voltas com um conflito com a vizinha Venezuela pela soberania da região de Essequibo.
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“Ele é uma voz de estabilidade, uma voz da razão, e eu acredito que seu papel é garantir que a paz e a estabilidade continuem e que todas as partes cumpram e ajam dentro dos limites da lei internacional”, acrescentou ainda o governante da Guiana sobre o papel do presidente brasileiro no continente.