A regra é clara. Se o jornalista faz parte das organizações Globo, ele tem que defender as bandeiras falaciosas da família Marinho, como o neoliberalismo e a defesa inconteste do governo sionista de Israel. Mesmo que confronte diretamente os interesses do Brasil e de autoridades do país.
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Foi isso o que aconteceu na entrevista do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em entrevista exclusiva à correspondente da Globo na Casa Branca, Raquel Krahenbühl, que viajou ao Brasil no avião que trouxe o secretaria de Joe Biden para o encontro com Lula.
Levantando a pauta da família Marinho, a jornalista indagou Blinken de forma capciosa sobre a declaração de Lula em Adis Abeba, na Etiópia, quando relacionou o genocídio de Israel na Faixa de Gaza à matança de judeus por Adolph Hitler na Alemanha nazista.
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A fala de Lula trouxe o massacre promovido por Israel para o centro da pauta das relações internacionais e expôs a desumanidade da ação armada do governo sionista de Benjamin Netanyahu, que já matou cerca de 30 mil palestinos, a maioria crianças e mulheres.
Na indagação, a jornalista fez questão de dizer que Blinken é judeu e o padrastro dele sobrevivente do holocausto.
"E eu ouvi falar que o senhor mencionou esse episódio com o presidente Lula", afirmou Raquel, antes de indagar de forma capciosa: "O que o senhor acha sobre esse comentário, já que seu padrasto era tão envolvido nessa causa de tentar preservar a memória do holocausto?".
Diplomático, Blinken desmontou a tentativa da repórter da Globo de colocá-lo em confrontação com o presidente brasileiro e disse que como "amigo" de Lula pode ter "discordâncias reais e profundas sobre questões específicas e continuar a trabalhar em muitas coisas que nos unem".
"Também sei que o presidente Lula é motivado pelo sentimento das pessoas e quer ver isso acabar. Assim como nós. Também temos isso em comum", disse Blinken, mostrando sintonia com a declaração de Lula.
Os Estados Unidos mudaram de posição após a fala do presidente brasileiro e agora buscam de forma mais incisiva um cessar-fogo de Israel nos ataques em Gaza.
"Queremos que o conflito em Gaza termine o mais rápido possível e queremos garantir que o o que aconteceu no 7 de outubro [ataque do Hamas, também condenado por Lula], que foi um horror inominável, não aconteça novamente", disse Blinken.
"Queremos garantir que o sofrimento dos palestinos não aconteça", emendou o secretário de Biden.
Assista.