Apesar dos intensos bombardeios de Estados Unidos e Reino Unido, os militantes xiitas que controlam mais de um terço do Iêmen, os Houthis, fizeram seu ataque mais certeiro contra um navio, o britânico Rubymar, no golfo de Aden.
A tripulação do navio foi resgatada por um cargueiro e levada até Djibouti.
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Os Houthis, aliados dos palestinos, argumentam que seguirão atacando até que haja um cessar-fogo em Gaza.
O ataque foi confirmado pelo Comando Central dos Estados Unidos no X:
Entre 21h30 e 22h45 do dia 18 de fevereiro, dois mísseis balísticos antinavio foram lançados de áreas do Iêmen controladas por terroristas Houthis, apoiadas pelo Irã, em direção ao MV Rubymar, um graneleiro de propriedade do Reino Unido e bandeira de Belize. Um dos mísseis atingiu a embarcação, causando danos. O navio emitiu um pedido de socorro e um navio de guerra da coalizão junto com outro navio mercante respondeu ao chamado para ajudar a tripulação do MV Rubymar. A tripulação foi transportada para um porto próximo pelo navio mercante.
De acordo com o porta-voz das Forças Armadas do Iêmen, o cargueiro "corre o risco de afundar".
DRONE MILIONÁRIO ABATIDO
O porta-voz também disse que os Houthis derrubaram um drone MQ9 Reaper, dos Estados Unidos, que monitorava o porto de Hodeida.
A informação não foi confirmada pelo Pentágono.
Em novembro passado, uma fonte militar confirmou à rede CBS que os Houthis haviam derrubado um drone similar, cuja missão é coletar informações e definir alvos.
Cada unidade custa cerca de U$ 30 milhões.
No sábado passado, os EUA pela primeira vez constataram o uso pelo Houthis de um drone submarino, que foi destruído.
No domingo, em entrevista divulgada pelo programa 60 Minutes, o vice-almirante Brad Cooper disse que a Marinha dos Estados Unidos mantém 7 mil homens na região do mar Vermelho, na maior operação do gênero desde a Segunda Guerra Mundial.
Cooper atribuiu ao Irã a capacidade dos Houthis de causar danos à navegação:
Durante uma década, os iranianos tem fornecido armamento aos Houthis. Eles estão reabastecendo os Houthis enquanto estamos sentados aqui. Sabemos que isso está acontecendo. O Irã os aconselha e fornece informações sobre alvos.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca está sob pressão para retaliar diretamente contra o Irã, mas a possibilidade é remota por causa do período eleitoral -- o candidato republicano Donald Trump posa de 'pacifista' e acusa o presidente Joe Biden de torrar em bombas o dinheiro que poderia investir em obras de infraestrutura.
O PIB de Israel encolheu a uma taxa anualizada de 19% no último trimestre de 2023, em parte por causa dos ataques à navegação em uma rota crucial para o comércio internacional.
Segundo o Irã, três países árabes estão ajudando Israel a minorar os prejuízos, oferecendo seus portos e rodovias para desembarque e transporte de carga: Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Egito.