Uma nova pesquisa eleitoral sobre a corrida presidencial nos EUA realizada pelo instituto Ipsos, encomendada pela agência Reuters, divulgada nesta quarta (14), mostra um cenário diferente do que vinha se delineando e era esperado no duelo entre Joe Biden e Donald Trump.
Até agora, o atual ocupante da Casa Branca vinha aparecendo em clara desvantagem em relação ao ex-presidente de extrema direita, que tinha tudo para voltar ao cargo no pleito de novembro. Mas, ao que parece, a tormenta judicial enfrentada por Trump, que corre até mesmo o risco de ficar de fora da eleição, está prejudicando seu desempenho.
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Nos números atuais, o bufão que governou a maior potência econômica e militar do planeta entre 2017 e 2020 aparece com 37% das intenções de voto, contra 34% de Biden, o que precisamente representa uma vantagem de 2,9% entre eles, um empate técnico.
A sondagem revelou ainda que aproximadamente 12% dos estadunidenses pretendem votar em outros candidatos, vistos como nanicos no processo eleitoral de lá, enquanto 10% dizem que não vai sair de casa para votar (o voto não é obrigatório nos EUA).
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A pesquisa Reuters/Ipsos demonstrou ainda que um quarto dos eleitores republicanos não votarão em Trump se ele receber uma condenação por fato grave até a eleição, ao passo que metade dos "independentes" (aqueles que poderiam votar num candidato republicano ou democrata) também deixaram de escolher o extremista de direita pelo mesmo motivo.
Processos na Justiça
Trump foi acusado formalmente em agosto passado no processo que investiga uma conspiração para tentar mudar o resultado das eleições de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden. "O ataque contra o Congresso do nosso país, no dia 6 de janeiro, foi um atentado sem precedentes à nossa democracia, baseado em mentiras", alegou a promotoria.
As quatro acusações feitas agora pelo promotor especial Jack Smith foram:
– conspiração para fraudar os Estados Unidos;
– conspiração para reprimir o direito ao voto;
– conspiração para obstruir um procedimento oficial do Congresso
– obstrução de um procedimento oficial.
Após a derrota nas eleições, Trump incitou apoiadores contra o resultado das eleições, alegando fraude, e teria encorajado aliados radicais a invadirem, em 6 de janeiro de 2021, o Capitólio enquanto a eleição de Biden era oficializada. Segundo a promotoria, Trump teve a ajuda de seis pessoas.
O ex-presidente de extrema direita enfrenta ainda outras ações judiciais, em diferentes estados dos EUA. Numa delas, Trump já foi até condenado abuso sexual e difamação, recebendo uma multa por danos compensatórios e punitivos no valor de US$ 5 milhões.