A região autônoma de Xinjiang, no noroeste da China, é um dos maiores polos globais de produção de pimenta chili. Em algumas das principais áreas de cultivo, 100% das pimentas já são colhidas por máquinas.
Um dos principais disseminadores de teorias conspiracionistas anti-China, o antropólogo alemão radicado nos EUA Adrian Zenz, voltou sua carga sinofóbica justamente contra a pimenta de Xinjiang.
Te podría interesar
Zenz, dirigente da Fundação Memorial às Vítimas do Comunismo, acaba de divulgar mais uma peça da sua incessante campanha anti-China intitulada "Forced Labor, Coercive Land-Use Transfers, and Forced Assimilation in Xinjiang’s Agricultural Production" (Trabalho Forçado, Transferências Coercitivas de Uso da Terra e Assimilação Forçada na Produção Agrícola de Xinjiang, em tradução livre).
LEIA TAMBÉM: Xinjiang: mentiras sobre 'trabalho forçado' geram 'desemprego forçado'
Te podría interesar
Segundo o relatório, produtos à base de pimenta chili vendidos em supermercados do Reino Unido e dos EUA contêm ingredientes de Xinjiang, supostamente produzidos com “trabalho forçado”.
A mídia hegemônica ocidental, como de costume, embarcou sem pudores na nova campanha para difamar a China de Zenz. Jornais como o The Hill, dos Estados Unidos, e o Daily Telegraph, do Reino Unido, deram espaço e destaque aos recentes ataques do acadêmico anti-China.
Durante a coletiva regular de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da China desta sexta-feira (20), o porta-voz Lin Jian comentou a nova investida anti-China de Zenz.
Lin ressalta que o tal relatório é profundamente falho e cita pretensiosamente alguns relatos vagos de supostas testemunhas anônimas, mas não apresenta nenhuma base factual e sequer inclui o mínimo de investigação em campo.
O porta-voz explica que a realidade é que o processo de cultivo de pimentas chili em Xinjiang já foi amplamente mecanizado.
“Em algumas das principais áreas de produção, 100% das pimentas são agora colhidas por máquinas. O relatório está sugerindo que existe ‘trabalho forçado de máquinas’?”, ironiza.
Lin observa que no início desta semana, um simpósio internacional sobre emprego e segurança social foi realizado em Urumqi, capital de Xinjiang. Mais de 200 participantes de mais de 40 países, regiões e organizações internacionais participaram do evento.
“Muitos afirmaram que a Xinjiang que viram é muito diferente da propaganda falsa que haviam encontrado em fontes externas à China. Eles condenaram a narrativa de ‘trabalho forçado’, chamando-a de uma mentira que priva as pessoas de Xinjiang de seus direitos ao trabalho, à subsistência e ao desenvolvimento”, ressaltou.
O porta-voz comentou ainda que do algodão ao tomate, e agora à pimenta chili, um punhado de mídias ocidentais e produtores de desinformação de longa data têm fabricado uma mentira atrás da outra sobre Xinjiang.
“Mas aquilo que é inventado não esconderá a verdade; e uma mentira continua sendo uma mentira, mesmo que seja contada mil vezes. Para aqueles por trás dessas velhas e desajeitadas encenações, já passou da hora de abandonarem esse ‘negócio criativo’ de vez”, finalizou.
Relatório denuncia “trabalho forçado” de máquinas
O relatório de Zenz acusa a região de Xinjiang de práticas como trabalho forçado na produção de pimentas chili, transferências de terras de forma coercitiva e assimilação cultural forçada de minorias étnicas.
No entanto, os dados oficiais e as informações divulgadas por órgãos chineses desenham uma paisagem totalmente diferente.
Mecanização da colheita: O cultivo de pimentas em Xinjiang já é amplamente mecanizado. Em regiões como Yanqi e Bohu, 100% da colheita de pimentas chili é realizada por máquinas. Essa modernização refuta diretamente as alegações de trabalho forçado manual em larga escala.
Desenvolvimento econômico local: Segundo relatórios chineses, a mecanização e a modernização do cultivo de pimentas geraram oportunidades econômicas e aumento de renda para os agricultores locais, desmentindo a narrativa de exploração sistemática.
Reconhecimento de qualidade: Produtos de pimenta de Xinjiang, como pigmentos naturais e especiarias, são exportados globalmente, destacando-se pela qualidade e sustentabilidade de sua produção.
Enquanto o relatório de Zenz aponta para práticas de trabalho forçado e coerção no setor agrícola de Xinjiang, as evidências de mecanização da colheita contradizem essas alegações, sugerindo que grande parte do processo é automatizado.