ELEIÇÃO NOS EUA

Esta é a primeira mulher trans a se eleger à Câmara dos EUA

Durante campanha, Trump atacou de maneira sistemática pessoas trans e prometeu medidas contra os direitos da comunidade

Escrito en GLOBAL el

A candidata democrata Sarah McBride se tornou a primeira pessoa trans eleita para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos nesta terça-feira (5). Ela irá representar o estado de Delaware e disputou o cargo com o republicano John Whalen 3º.

A candidata já havia sido a primeira pessoa trans a ser eleita senadora em 2020, além de também ter sido a primeira mulher trans a discursar na Convenção do Partido Democrata em 2016. 

Sarah é próxima ao atual presidente Joe Biden e é a responsável por ampliar a conscientização sobre a população LGBTQIAPN+ dentro da presidência. A democrata declarou, em entrevista à CBS News que suas principais pautas serão o custo das creches para as crianças, habitação, saúde pública e o direito ao aborto.

No X (antigo Twitter), a candidata comemorou a eleição e agradeceu seus eleitores. “Obrigado, Delaware! Graças aos seus votos e aos seus valores, tenho orgulho de ser sua próxima representante no Congresso. Delaware deixou uma mensagem clara e alta: precisamos ser um país que protege a liberdade reprodutiva, que garante licença remunerada e cuidados infantis acessíveis para todas as famílias, que assegura moradia e saúde para todos e que mantém uma democracia inclusiva para todos nós”, disse.

Os direitos da população LGBTQIAPN+ foram um dos principais temas de campanha nas eleições estadunidenses deste ano, assim como em 2020. Durante sua campanha, Donald Trump, reeleito presidente, proferiu diversos ataques a pessoas transexuais.

Trump declara guerra às LGBT 

Com a entrada de Kamala Harris no lugar de Joe Biden na disputa pela Casa Branca, o ex-presidente Donald Trump radicalizou ainda mais o seu discurso e abraçou a agenda anti-LGBT, que tem ganhado cada vez mais força no país, principalmente no que diz respeito à perseguição às pessoas transgêneras.

Durante comício em Washington em julho, o ex-presidente Donald Trump, candidato republicano à Casa Branca, radicalizou ainda mais o seu discurso contra os movimentos antirracista e LGBT. Além disso, Trump classificou Kamala Harris como uma "lunática de esquerda".

Em determinado momento de seu discurso, Trump afirmou que, caso seja eleito, no primeiro dia de seu governo vai "cortar a loucura transgênero" das escolas. Dessa maneira, o candidato republicano abraça o movimento anti-LGBT e fundamentalista, que tem atuado para que as escolas não apliquem livros de Teoria Crítica Racial, sexualidades e gênero.

"No primeiro dia, assinarei uma ordem executiva para cortar o financiamento federal de qualquer escola que promova a Teoria Crítica da Raça, a loucura transgênero e outros conteúdos raciais, sexuais ou políticos inapropriados para nossos filhos", disparou Trump.

LEIA MAIS: Trump declara guerra às LGBT e diz que Kamala é uma “lunática de esquerda”

Siga o perfil da Revista Fórum e da jornalista Júlia Motta no Bluesky