Donald Trump, presidente eleito dos EUA, fez neste sábado (30) uma grave ameaça contra os nove países que hoje compõem o grupo Brics, e que ameaça acabar com a hegemonia do dólar no mundo. O futuro ocupante da Casa Branca de extrema direita disse que imporá tarifas de 100% aos produtos desses países se os Brics passarem a usar uma nova moeda.
“Pedimos que vocês se comprometam a nunca criar uma nova moeda do Brics e a não apoiar nenhuma outra moeda para substituir o poderoso dólar americano, ou enfrentarão tarifas de 100% ”, escreveu Trump em sua rede de extremistas, a Truth Social. O grupo Brics originalmente era formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e passou posteriormente a incluir os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia, o Egito e o Irã.
Te podría interesar
Na 16ª Cúpula dos Brics, realizada em outubro de 2024 na cidade de Kazan, na Rússia, os países-membros aceitaram a incorporação de 13 novos estados associados, nomeadamente Argélia, Bielorrússia, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Os Brics têm buscado quebrar a hegemonia dos EUA e de outras nações ocidentais, sobretudo da União Europeia, por meio da integração de nações com forte potencial econômico, em que pese as grandes diferenças de interesses e agenda dos estados-membros. Para Washington, há um bom tempo o grupo tornou-se um problema, mas a coisa ficou mais arranhada com o início da última campanha eleitoral, da qual Trump saiu vitorioso. Ele deu especial ênfase à modificação da política de tarifas e tarifas sobre bens importados para proteger a indústria norte-americana .
Te podría interesar
Ele ameaça a todos o tempo todo
Neste sábado (30), o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, terminou sua breve visita aos EUA e por lá expressou grande preocupação com as ameaças de Trump em relação a aumentos tarifários. O próximo ocupante da Casa Branca causou pânico no início desta semana ao anunciar que iria impor tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá, e de 10% sobre produtos provenientes da China.
