O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou-se pessoalmente, pela primeira vez, com o presidente argentino Javier Milei na manhã desta segunda-feira (18).
Apesar de ter proferido ofensas públicas a Lula e declarado anteriormente que não manteria relações com o chefe de Estado brasileiro, Milei, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, compareceu à Cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Seguindo o protocolo, ele se dirigiu a Lula para cumprimentá-lo.
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O encontro foi marcado por um cumprimento breve e frio. Diferentemente da recepção calorosa, repleta de abraços e sorrisos, que Lula dispensou a outros líderes presentes, a interação com Milei teve um tom mais formal. Quando o presidente argentino posicionou-se diante de Lula, o semblante do mandatário brasileiro permaneceu sério. O gesto de cortesia limitou-se a um aperto de mão rápido, seguido pela tradicional foto oficial.
O detalhe que mais chamou a atenção, especialmente nas redes sociais, ocorreu logo após a fotografia. Lula, em um movimento interpretado como uma tentativa de afastar rapidamente Milei, apontou apressadamente o caminho para outra área, gerando especulações entre os espectadores sobre sua intenção.
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Milei pode atrapalhar declaração final do G20
A cúpula de líderes do G20, que ocorre nesta segunda (18) e terça-feira (19) no Rio de Janeiro, está marcada por tensões nas negociações da declaração final, especialmente devido à postura da Argentina sob a liderança do extremista Javier Milei.
A delegação argentina, chefiada pelo sherpa Federico Pinedo, alterou sua posição em pontos cruciais, o que pode comprometer a inclusão do país na declaração final.
A Argentina se opôs à inclusão de uma proposta de taxação de super-ricos, que previa um imposto de 2% sobre a riqueza dos bilionários. Essa proposta, considerada uma das prioridades pelo Brasil, poderia arrecadar entre US$ 200 e US$ 250 bilhões.
A Argentina também está criando impasses em outras áreas, como questões de gênero e políticas ambientais. O governo Milei já havia demonstrado resistência a uma agenda que incluísse igualdade de gênero e combate às mudanças climáticas, dificultando assim o consenso necessário para a declaração.
Caso a Argentina sustente os vetos ao documento final do evento, é possível que a negociação fracasse como um todo. A outra alternativa seria o governo Milei paorvar a declaração com ressalvas, o que permitiria a existência do documento final do evento. Outras opções seguem em debate entre os sherpas do evento.