QUEBRA DE PROTOCOLO

VÍDEO: Por que Biden não subiu a rampa do G20 para cumprimentar Lula

Presidente dos EUA, diferentemente de outros chefes de Estado, utilizou uma entrada lateral do Museu de Arte Moderna do Rio para se encontrar com o presidente brasileiro

Joe Biden e Lula na Cúpula do G20 no Rio.Os presidentes dos EUA, Joe Biden, e do Brasil, Lula, se cumprimentam em frente a um painel onde se lê "G20 Rio Summit"Créditos: Reprodução
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Uma cena envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou a atenção de jornalistas, telespectadores e demais autoridades presentes no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (18), onde acontece a Cúpula do G20, grupo das 19 maiores economias do mundo, União Europeia e União Africana que, atualmente, é presidido pelo Brasil. 

Antes da abertura da cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recepcionou os chefes de Estado na entrada do museu. Os líderes, um a um, conforme iam chegando, subiram uma rampa com um tapete vermelho para cumprimentar o presidente brasileiro. Biden, entretanto, quebrou o protocolo e não subiu a rampa

O mandatário dos EUA se dirigiu até Lula para cumprimentá-lo utilizando uma entrada lateral do museu. O motivo é o fato de que Biden teria optado por utilizar um elevador em vez de subir a rampa. 

Veja vídeo: 

Saiba tudo sobre o G20 no Brasil 

Entre esta segunda (18) e terça-feira (19) será realizada no Rio de Janeiro a Cúpula da Líderes do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, União Europeia e União Africana.

O Brasil, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preside o G20 desde 2020 e, após a cúpula no Rio, a presidência do grupo será assumida pela África do Sul. Ao longo dos dois dias de evento, que será realizado no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio, chefes de Estado de todo o mundo se reunirão para tratar de temas como combate à fome, reforma das instituições de governança global e mudanças climáticas, e ao final do encontro é esperada a leitura de uma declaração conjunta sobre possíveis acordos dos países com relação às pautas debatidas. 

Lula abrirá a cúpula nesta segunda-feira com uma declaração aos chefes de Estado. Dezenas de líderes mundiais já estão no Brasil para participar do evento, entre eles o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, o presidente da China Xi Jinping; o presidente da França Emmanuel Macron, o presidente da Argentina Javier Milei, a primeira-ministra da Itália Giorgia Meloni, o primeiro-ministro do Reino Unido Keir Starmer, o chanceler da Alemanha Olaf Scholz, o secretário-geral da ONU António Guterrez, entre outros.

Ao longo do evento e também nos dias subsequentes, chefes de Estado deverão fazer reuniões bilaterais. Lula, nos últimos dias, manteve agenda intensa em eventos paralelos ao G20 e se reuniu cum uma série de líderes mundiais. O mandatário brasileiro ainda deve ainda ter outros encontros privados, entre eles com Xi Jinping. 

As demandas do Brasil 

"Construindo um mundo justo e um planeta sustentável." Este é o lema definido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em setembro de 2023, ao assumir em Nova Delhi, na Índia, a presidência do G20, grupo composto pelas 19 maiores economias do mundo, União Europeia e União Africana. 

Desde dezembro do ano passado o bloco está oficialmente sob o comando do governo brasileiro, que vem inovando com iniciativas e projetos inéditos para deixar um legado histórico de participação social às próximas gestões do grupo.

A presidência do Brasil no G20 definiu três prioridades que serão os temas centrais dos acordos a serem anunciados na declaração conjunta após a cúpula no Rio: inclusão social e o combate à fome; transição energética e o desenvolvimento sustentável em três vertentes (social, econômica e ambiental); e reforma das instituições de governança global. 

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa inédita que consiste em reunir experiências exitosas de erradicação da fome de diferentes países e, através de financiamento global, eliminar a fome e a pobreza do mundo, vem despontando como o principal legado da presidência brasileira do G20. 

"Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa", disse Lula neste sábado (16) durante evento do G20 Social. 

Ao menos 41 países já aderiram à aliança lançada por Lula, entre eles a maior economia da Europa, a Alemanha, além de França, Estados Unidos, África do Sul e dezenas de outras nações de diferentes continentes. 

“Estamos otimistas de que teremos a participação integral (na Aliança Global) de todos os países da América do Sul. Tivemos fóruns nesses países, com a participação da área social, internacional, econômica e, nesses fóruns, em relação à meta de combate à fome e a pobreza, também temos tido uma posição unânime dos países da América do Sul e da América Latina e Caribe", afirmou o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, na última sexta-feira (15). 

Outras demandas do Brasil que devem ser destaque na Cúpula do G20 são a proposta de taxação dos superricos a nível global – iniciativa que já tem o apoio integral do grupo, e a reforma das instituições de governança global em prol de uma nova ordem mundial em que países emergentes tenham mais poder decisório com relação às pautas em discussão no cenário internacional. Isso inclui, por exemplo, reformas nas estruturas do Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização Mundial do Comércio (OMC) e Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).