O porta-voz oficial do Kremlin, Dmitri Peskov, comentou pela primeira vez a decisão dos Estados Unidos de autorizar a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance ATACMS contra o território russo.
A decisão do presidente demissionário Joe Biden foi acompanhada por Alemanha, França e Reino Unido, que deverão fornecer inteligência e suporte técnico para viabilizar os ataques. Esses ataques estariam supostamente direcionados a tropas norte-coreanas localizadas na região russa de Kursk - informação divulgada pelo Pentágono, mas ainda não confirmada pelo Kremlin ou por fontes independentes.
Te podría interesar
Em setembro, o presidente Vladimir Putin já havia alertado que, caso essa decisão fosse tomada, a Rússia interpretaria como uma declaração de guerra direta por parte da OTAN contra a Federação Russa.O porta-voz do Kremlin reforçou a posição de Putin, classificando a decisão como uma "escalada de um novo tipo".
"Se tal decisão foi de facto formulada e levada ao conhecimento do regime de Kiev, então, claro, esta é uma escalada de tensão qualitativamente nova e uma situação qualitativamente nova em termos de envolvimento dos EUA neste conflito. E, talvez, acima de tudo, tomaremos isso como ponto de partida", disse Peskov.
Te podría interesar
Ele ainda afirmou que medidas diretas só podem ser tomadas após uma confirmação oficial do uso dos mísseis. "No momento há publicações na mídia ocidental, mas está claro que a administração cessante em Washington pretende continuar colocando lenha na fogueira e causar uma escalada de tensão em torno deste conflito", acrescentou o porta-voz.