O Papa Francisco defendeu a necessidade de uma investigação internacional sobre o genocídio promovido por Israel contra palestinos na Faixa de Gaza durante a guerra travada contra o Hamas há mais de um ano.
A preocupação do pontífice consta em um trecho de seu novo livro o "La speranza non delude mai. Pellegrini verso um mondo migliore" ("A esperança nunca decepciona. Peregrinos por um mundo melhor", em português), cuja prévia foi publicada neste domingo.
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No trecho, o Papa afirma que que especialistas estão alertando que "o que está acontecendo em Gaza tem características de genocídio". "Devemos investigar cuidadosamente para avaliar se isso se encaixa na definição técnica (de genocídio) formulada por juristas e organizações internacionais", acrescentou.
Israel vem sendo acusado de genocídio por diversas autoridades internacionais, inclusive pelo Brasil. O presidente Lula (PT) já condenou várias vezes os ataques militares israelenses contra o povo palestino e, no final de outubro, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, citou pela primeira vez, "caso plausível de genocídio" cometido por Israel durante reunião do Conselho de Segurança da ONU.
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Essa não é a primeira vez que o Papa se pronuncia sobre os ataques de Israel, mas é a primeira vez que fala em "genocídio". Em maio, ele declarou que telefona todos os dias para a paróquia de Gaza para se informar sobre a situação e ouvir o desabafo das pessoas.
Além do pedido, o Papa também declarou que pensa "sobretudo naqueles que saem de Gaza no meio da fome que atinge os seus irmãos palestinos diante da dificuldade de levar alimentos e ajuda ao seu território". No livro, o pontífice fala sobre temas como geopolítica, realidade social e econômico, educação, família, migração e clima.
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