A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) afirma que há um mês que Israel não permite a entrada de alimentos no norte de Gaza.
Através de um comunicado publicado nesta terça-feira, 12, a organização alertou que a situação na Faixa de Gaza é catastrófica e a entrega de ajuda atingiu o nível mais baixo dos últimos meses.
Apenas 37 caminhões de ajuda entraram diariamente na zona em Outubro, número que não é suficiente para os habitantes da região, onde vivem mais de 2,2 milhões de pessoas. Antes da guerra, 500 caminhões de ajuda humanitária entravam em Gaza.
De acordo com vários relatos recebidos, as pessoas imploram por pão seco ou água, mas Israel não permite que as Nações Unidas entrem a área.
O Comissário Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini denunciou a situação em seu perfil na rede X:
"A fome foi transformada em arma pelo Estado de Israel.
Isso priva as pessoas em Gaza do básico, incluindo comida para sobreviver.
O que está sendo permitido em Gaza não é o suficiente, uma média de pouco mais de 30 caminhões/dia. Isso é pouco mais de seis por cento das necessidades diárias.
O caminho a seguir e mais urgente:
- Vontade política para aumentar o fluxo de suprimentos humanitários e comerciais para Gaza.
- Decisões políticas para permitir comboios para o norte de Gaza de forma regular e ininterrupta.
- Vontade política para reverter e combater a fome.
Não é tarde demais. "
Bomba da fome
O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) estima que entre 75.000 e 95.000 pessoas permanecem presas no norte de Gaza, correndo o risco duplo de morrer devido aos ataques israelenses ou à fome.
Este vídeo mostra a situação no centro de Gaza, onde há ainda mercados abertos, mas com pouquíssimos alimentos e para uma população em geral sem trabalho e sem casa.
Adultos e crianças se jogam sobre um carregamento de farinha branca vencida e com insetos despejado por um caminhão.
As imagens são de ontem.
No norte de Gaza a situação consegue ser ainda pior.
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Com informações da HispanTV.
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