Em comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira (14), o jornal La Vanguardia informou que não vai fazer mais publicações de notícias na rede social X, em virtude da crescente prevalência de teorias conspiratórias e notícias falsas na plataforma. De acordo com o jornal, “desde a chegada de Elon Musk (em 2022), o X está repleto de conteúdo tóxico e desorientador de uma forma cada vez mais avassaladora".
O La Vanguardia definiu a rede social como uma “caixa de ressonância para as teorias da conspiração e a desinformação”. O jornal anunciou que manterá suas contas em suspenso, mas que, ainda assim, continuará a seguir "pessoas, entidades, empresas e instituições nesta rede, para informar pontualmente seus leitores sobre mensagens e debates que possam ocorrer por lá”.
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Além disso, jornalistas estarão livres para usar a plataforma “dentro das normas de contenção e respeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão que reclama que sejam mantidos em todos os âmbitos”.
Em um artigo no seu site, o La Vanguardia destacou que a decisão ocorreu no mesmo período em que Elon Musk foi designado para presidir o departamento de "eficiência governamental" no governo do presidente republicano Donald Trump, que se prepara para assumir um novo mandato nos Estados Unidos.
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“Foi multiplicada até ao ridículo em questões sérias como a tragédia da gota fria em Valência, em que inúmeros bots de origem indiana participaram em conversas públicas para ganhar circulação nesta rede social”, completou o jornal.
“As ideias que violam os direitos humanos, como o ódio às minorias étnicas, a misoginia e o racismo, fazem parte do conteúdo viral distribuído no X, onde se tornam virais e captam mais tempo dos utilizadores para ganhar mais dinheiro com a colocação de publicidade”
Outros órgãos de comunicação social norte-americanos como o National Public Radio (NPR) e a estação de televisão pública norte-americana PBS, também já anunciaram que abandonam a rede social de Elon Musk: “Mídia afiliada ao estado”.
Nos últimos dias, milhares de usuários de redes sociais deixaram o X após Donald Trump, com uso da máquina pública estadunidense, sair vitorioso, e migraram para o aplicativo concorrente Bluesky. Lançado inicialmente como um projeto de pesquisa pelo fundador do Twitter, Jack Dorsey, o Bluesky registrou um aumento de mais de 1 milhão de usuários na última semana, aproximando-se agora da marca de 15 milhões de adesões.
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