Indicada pelo presidente-eleito Donald Trump para ocupar o importante cargo de embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, a deputada Elise Stefaniks foi a maior força por trás da eleição do filho de imigrantes brasileiros George Santos ao Congresso estadunidense, por um distrito do estado de Nova York.
O farsante foi cassado pelo Congresso e expulso do Partido Republicano depois que todas as mentiras sobre as quais ele construiu sua candidatura ruíram.
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O escritor, comediante, ator e satirista Andy Borowitz interessou-se particularmente pela história política de Stefaniks a partir das postagens dela nas redes sociais.
Borowitz define a deputada em dois sabores: "receita original e extra doida".
Ele escreveu um texto sobre a futura embaixadora dos EUA na ONU que viralizou:
Deixe-me começar dizendo algo bom sobre Elise Stefanik: ela estudou em Harvard. Mas, o Unabomber também. Você pode pensar que é injusto comparar Stefanik ao Unabomber, e é – para o Unabomber. Apesar de todas as suas falhas, ele era muito mais consistente ideologicamente do que Stefanik.
De acordo com Borowitz, em 11 de agosto de 2021 a deputada anunciou seu apoio a George Santos.
Afirmou que ele estava pronto a enfrentar "as elites liberais de Nova York e trazer uma nova geração de líderes do Partido Republicano para os Estados Unidos".
Mais tarde, anunciou ter ajudado a levantar 100 mil dólares para eleger o deputado, que conquistou a vaga de forma surpreendente.
George Santos foi cassado em dezembro de 2023 e se declarou culpado de uma série de acusações, para evitar uma pena que poderia chegar a 22 de prisão.
Ele admitiu fraude, lavagem de dinheiro, apropriação indevida de fundos públicos e que mentiu a autoridades eleitorais federais.
Contra todas as evidências, George Santos -- também conhecido como Kitara Ravache -- negou que era drag queen e afirmou que se vestia de mulher "apenas por diversão", como forma de se justificar diante do eleitorado conservador.
Quando o escândalo estourou, a deputada que será a imagem dos EUA perante a ONU defendeu seu pupilo.
Borowitz, surpreso com a escolha de Trump, escreveu sobre a relação de Stefanik e Kitara:
Depois que a fossa séptica de mentiras de Santos transbordou e colegas republicanos pediram sua renúncia, a lealdade de Stefanik a ele permaneceu inabalável. Infelizmente, ela nunca teve a chance de arrecadar dinheiro adicional para sua melhor amiga. [...] Apoiando seu homem até o fim, Stefanik votou não [contra a cassação]. Dou-lhe crédito pela solidariedade impostora, mas a lealdade inabalável de Stefanik a um homem que alegou falsamente que sua mãe morreu em 11 de setembro não é exatamente um incentivo ao currículo. Parece que ela tem mais coisas para apagar [das redes sociais].