Nesta terça-feira (29), o ideólogo de extrema direita Steve Bannon foi libertado da prisão após quatro meses de detenção por não colaborar com as investigações sobre a invasão do Capitólio dos EUA, ocorrida em 6 de janeiro de 2021.
O mentor do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Donald Trump ficou conhecido por ser um dos estrategistas do presidenciável republicano na campanha presidencial vitoriosa de 2016 nos EUA.
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Bannon foi condenado à prisão em 2022, mas só cumpriu sua pena a partir de julho deste ano. Após quatro meses, ele foi liberado da Instituição Correcional Federal em Danbury, no estado de Connecticut.
A libertação vem uma semana antes das eleições presidenciais no país. Bannon abertamente apoia Trump para um segundo mandato.
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O caso contra Bannon
Ele foi julgado como culpado por se recusar a colaborar com as investigações sobre a tentativa de golpe de 6 de janeiro de 2021, quando trumpistas invadiram o prédio do Congresso para tentar impedir a assinatura do documento que oficializava Joe Biden como presidente dos EUA após as eleições de 2020.
Um dia antes do ataque, Bannon afirmou em seu podcast que "o inferno vai acontecer amanhã", e também se reuniu com Donald Trump. As autoridades acreditavam que ele foi um dos articuladores do movimento golpista.
A tentativa de golpe de estado de 6 de janeiro influenciou os bolsonaristas brasileiros a realizarem o ataque golpista em 8 de janeiro de 2023 no Brasil.
Quem é Steve Bannon?
Bannon é um ex-produtor de Hollywood que ganhou notoriedade na política após comandar o Breitbart News, um site de fake news de extrema direita que ganhou tração nas redes sociais a partir dos anos 2010.
Ele saiu do veículo para comandar a campanha de Trump e foi um dos mentores do escândalo Cambridge Annalytica, comprando dados de redes sociais para influenciar o resultado das eleições de 2016 nos EUA em favor da extrema direita.
Em 2017, foi nomeado como estrategista-chefe da Casa Branca, mas foi demitido por Trump após meses no cargo. Depois richa, Bannon entrou em uma tournê mundial para "mentorar" nomes da extrema direita internacional, tendo no deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) um de seus principais aliados globais.
Em 2021, voltou a se aliar ao republicano, que lhe concedeu perdão presidencial por um caso de lavagem de dinheiro e fraude fiscal. Hoje, ele mantém sua influência e segue sendo considerado um dos principais nomes da extrema direita global.