Na próxima semana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja para Nova Deli, na Índia, onde irá participar da 18ª Cúpula do G20, o bloco com as 20 maiores economias do planeta. Essa será a última reunião do bloco antes que Lula assuma a sua presidência em dezembro. Será a primeira vez que o Brasil encabeçará o G20.
O mandato brasileiro diante do bloco começa no próximo dia 1 de dezembro e termina em 30 de novembro de 2024. O petista dá algumas sinalizações a respeito de três pontos que pretende pautar durante a presidência do foro internacional.
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Entre os temas que a diplomacia brasileira considera fundamentais está o combate à fome. Se por um lado o Governo Lula dá uma grande e urgente atenção a essa pauta em nível interno, também tentará propor debates que a discutam a nível global. Outra questão importante é a preservação da Amazônia, novamente uma pauta cara para a humanidade como um todo, tanto no âmbito doméstico como internacional.
“Semana que vem irei para a Índia, no encontro do G20. Um encontro importante para o Brasil. Vou lá discutir uma coisa que me incomoda: a desigualdade. Desigualdade de gênero, racial, no acesso à saúde e à educação. É presido que esse mundo seja justo”, declarou Lula na última sexta-feira (1).
Além das questões sociais, Lula pretende discutir o tema da desigualdade na governança global e tentará iniciar conversas sobre possíveis reformas em organismos multilaterais, entre eles a própria Organização das Nações Unidas. A principal aposta é em aumentar o poder de tomar decisões das nações do chamado Sul Global, conhecidas no passado como "terceiro mundo" ou "países em desenvolvimento".
G20 e Mercosul
Com a chegada à presidência do G20, o Brasil acumula duas lideranças de blocos internacionais, uma vez que está à cabeça do Mercosul, que conta com Argentina, Uruguai e Paraguai.
Já o G20, é composto pela União Europeia e outros 19 países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. Juntos, os países detêm 80% do PIB global, 70% da população e 75% do comércio internacional.