O dia 31 de agosto é data comemorativa do Dia do Bacon, um alimento popularmente apreciado pelo seu sabor e textura nas mais variadas culturas alimentares pelo mundo. Definido como uma parte defumada de partes menos gordurosas do porco, o bacon nem sempre foi produzido com as características que conhecemos, e sua origem explica o porquê.
Como é consumido o bacon?
O bacon é consumido, sobretudo, em hambúrgueres, pizzas e massas, embora faça seja um ingrediente comumente acrescentado em pratos como uma proteína. Contudo, ele é majoritariamente constituído por gordura.
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De acordo com a Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a cada 100 gramas do alimento, 44% são água, 13% são proteína, 1% é carboidrato e 40% são gorduras totais – com destaque para as gorduras saturadas, relacionadas ao aumento do colesterol ruim (LDL) e ao entupimento de vasos sanguíneos.
O bacon também ultrapassa os valores diários de ingestão de sódio recomendados pelo Ministério da Saúde. A pasta sugere que, a cada 100g, o alimento com mais de 400mg de sódio é considerado rico em sódio e prejudicial à saúde. O bacon contém 662mg por porção de 100g.
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Essa quantidade representa, para uma pessoa do sexo masculino com 30 anos de idade e 60kg:
- 31,6% das calorias necessárias no dia (665 kcal de 2.108 recomendadas)
- 8% das proteínas necessárias no dia (422 kcal de 5.270 recomendados)
- 101,1% da gordura necessária no dia (632 kcal de 625 recomendados)
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) exigiu que as fabricantes notifiquem na embalagem quando o bacon não for produzido diretamente da barriga de porco.
A origem do bacon
Chamado de toucinho ou de barriga de porco em diferentes locais, o bacon se origina junto da domesticação do animal, por volta de 4.900 a.C. na China. No leste asiático, foi iniciada a técnica de cura da carne de porco por meio da desidratação com sal.
Entre 1.500 a.C. e o século XVII, os europeus passaram a melhorar a produção de bacoun, palavra usada para descrever o porco inteiro. Os povos germânicos na Idade Média usavam o termo bak para designar as costas do animal.
Porém, apenas no final do século XVII que a receita do bacon foi formulada, pela Oxford Company to Food na Inglaterra: carne do porco desidratada com sal de cura e defumada.
O bacon na cultura alimentar atual
A comercialização do bacon estourou a partir da década de 1920 por meio de um nome: Edward Bernays. Conhecido como "pai das Relações Públicas", Bernays foi contratado por uma empresa produtora de bacon para elevar as vendas. Ele foi o responsável por combinar bacon com ovos no café da manhã tradicional dos Estados Unidos, parte do estilo de vida americano.
Hoje, redes de serviço alimentício incorporam o bacon como um intensificador de sabor, principalmente nos hambúrgueres.