MUGSHOT

Divulgada a "foto de presidiário" de Donald Trump

Ex-presidente dos EUA ficou brevemente detido para ser fichado em uma prisão no condado de Fulton, na Geórgia, e foi liberado após pagamento de fiança; ele réu por tentativa fraude eleitoral

O ex-presidente dos EUA Donald Trump.Créditos: Divulgação/Facebook Donald Trump
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Desta vez não teve jeito. Donald Trump, ao se apresentar à Justiça em uma prisão no condado de Fulton, na Geórgia (EUA), nesta quinta-feira (24), foi obrigado a tirar a chamada "mugshot", famosa fotografia de réus ou presidiários. A imagem foi divulgada pela própria polícia do estado norte-americano. 

Além da foto, o ex-presidente dos EUA foi fichado no processo em que é réu por tentativa de fraude eleitoral no pleito em que foi derrotado por Joe Biden, atual presidente do país, em 2020. 

No registro policial que acompanha a "mugshot" de Trump, constam as seguintes informações: 1,80 m de altura, peso 97 kg, olhos azuis e cabelos loiros ou "cor de morango". Em sua ficha, há a autuação de "preso nº P01135809". O ex-mandatário, entretanto, foi liberado após pagamento de fiança. 

Veja a foto 

Divulgação/Polícia da Geórgia

Como foi a audiência 

O ex-presidente dos EUA Donald Trump desembarcou de seu avião no estado da Geórgia, no fim da tarde desta quinta-feira (24), para se apresentar num presídio onde foi fichado pela Justiça. Embora tenha sido por alguns minutos, o antigo chefe de Estado esteve tecnicamente “preso” nesse período e especialistas norte-americanos afirmam que ele possivelmente fez a emblemática “mug shot”, a foto que os indiciados são obrigados a tirar em alguns estados dos EUA ao se apresentarem diante de um juiz para serem acusados, ocasião em que se declaram “culpados” ou “inocentes”.

Ainda que em outras três ocasiões o ex-presidente tenha conseguido evitar a “mug shot”, desta vez o xerife do condado de Fulton, onde ele se apresentara, Pat Labt, garantiu que por lá “todos fazem a foto dos presos”. A fiança para sua saída foi estipulada em US$ 200 mil, o que para Trump é um valor irrisório.

O presídio onde Donald Trump ficou “preso” por alguns minutos está superlotado. A Rice Street Jail é apontada por autoridades penitenciárias da Geórgia como um local insalubre e de péssimas condições para os padrões estadunidenses.

No mesmo processo em que Trump é acusado por “tentar adulterar o resultado das eleições”, outros 11 correligionários do líder da extrema direita norte-americana já se apresentaram ao juiz na Rice Street Jail, sendo que apenas um deles não teve direito a fiança e permaneceu detido. Harrisson Floyd não recebeu o benefício por parte da Justiça e teve que ficar no cárcere, sem prazo estipulado para ser liberado.

Após sair do local, na pista do aeroporto de onde partiria de volta para casa, o extremista que ocupou a Casa Branca foi até os repórteres e disparou novas bravatas, como é habitual. “A eleição foi fraudada... Não fiz nada de errado e tenho todo o direito de questionar uma eleição fraudada”, disse.