Prestes a ter eleições presidenciais, o Equador vive uma triste onda de assassinatos políticos desde a última semana que não dá sinais de que irá arrefecer. Apenas cinco dias após o assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio, nesta segunda-feira (14) foi a vez do político progressista Pedro Briones, ligado ao ex-presidente Rafael Correa, ser morto.
A informação foi dada em primeira mão por Paola Cabezes, candidata a deputada e ex-governadora do departamento de Esmeraldas, onde Briones também vivia e exercia sua atividade política.
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Horas depois, o falecimento de Briones já estava estampado em sites de notícias equatorianos como o El Telégrafo. A polícia local ainda apura a morte do dirigente político e não se manifestou publicamente sobre o caso.
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“Outra perda que nos despedaça a alma. Briones, uma bala assassina acabou com sua vida Até quando?”, escreveu Cabezas nas redes sociais.
Briones e Villavicencio eram adversários políticos. Morto a tiros quando saía de um comício na última quarta-feira (9), Villavicencio estava cercado por policiais no momento dos disparos, o que levanta questões sobre a segurança dos políticos em meio à agitação política. Ele era ligado ao atual presidente do país, Guillermo Lasso.
No dia seguinte (10) foi a vez de Estefany Puente, candidata à Assembleia Nacional, ser vítima de uma tentativa de assassinato, também por arma de fogo. O ataque ocorreu enquanto Estefany Puente estava presente no El Club de Leones, uma organização de serviços sociais localizada na cidade de Quevedo, na província de Los Ríos. A candidata, que é membro da Alianza Claro Que Se Puede, estava em seu veículo acompanhada pelo pai e um funcionário quando foi surpreendida por dois homens desconhecidos.
Candidata progressista cobra atual presidente
Luisa Gonzalez, candidata à presidência pelo partido de Briones, o Movimento Revolução Cidadã, lamentou o episódio e cobrou o atual presidente Guillermo Lasso (Movimento Creo) pela desagregação social que o país vivencia no último período e que, segundo sua análise, abriu caminho para o aparecimento desse tipo de violência política.
"O Equador vive sua época mais sangrenta. Isso se deve ao abandono total por um governo inepto e por um Estado tomado por máfias. Meu abraço solidário à família do camarada Pedro Briones, que caiu nas mãos da violência. A mudança é urgente", escreveu