Após o assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, na quarta-feira (9), o governo do Equador decretou estado de exceção. A medida tem duração imediata de 60 dias.
Ao anunciar a providência, o atual presidente equatoriano Guillermo Lasso disse que a medida visa a “segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e das eleições livres e democráticas de 20 de agosto”.
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No mesmo pronunciamento, ele decretou luto de três dias pelo presidenciável e confirmou a manutenção da data das eleições.
O que é estado de exceção
O decreto 841 do estado de exceção promulgado pelo governo do Equador autoriza a mobilização das Forças Armadas. O presidente passa a ter autoridade para suspender ou limitar os direitos de inviolabilidade de residência e correspondência, e os de liberdade de trânsito, reunião e de informação.
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O objetivo é “manter a presença reforçada do Estado no território nacional por tempo suficiente para poder proteger e fortalecer a ordem pública, a paz social, a ordem estabelecida e limitar as cenas de violência contra pessoas e bens públicos e privados”, como lido no decreto. Para isso, a duração estipulada foi de 60 dias.
Fernando Villavicencio foi morto com três tiros na cabeça na saída de um comício em Quito nesta quarta-feira (9). Ele ocupava o quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto.
O político era filiado ao Movimento Construye. O grupo criminoso "Los Lobos", um dos maiores do país, assumiu a autoria do ataque. O presidenciável era conhecido por lutar contra a milícia e o narcotráfico.