Circula no parlamento dinamarquês uma proposta para tornar obrigatório o alistamento militar para mulheres. Atualmente, somente homens são obrigados a se alistar ao completarem 18 anos. A medida tem apoio da maioria dos partidos.
Segundo o Ministério da Defesa da Dinamarca, o recrutamento pode ajudar o país a cumprir seus requisitos de defesa na Otan. Para isso, serão investidas 143 bilhões de coroas dinamarquesas, o equivalente a R$ 102 bilhões, em um plano apresentado antes do recesso do Legislativo dinamarquês, com a meta de fortalecer as defesas do país nos próximos dez anos. A proposta deve ser votada na abertura do novo ano parlamentar, em outubro.
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Outra justificativa utilizada para a obrigatoriedade do alistamento feminino é a de igualdade de gênero, explicou o ministro interino da Defesa, Troels Lund Poulsen. Somente o partido de ultradireita Democratas Dinamarqueses se mostra contra a proposta. “Precisamos reconhecer que existe uma diferença na força física entre mulheres e homens. É por isso que simplesmente não acho que deveríamos fazer o recrutamento do sexo feminino”, disse a líder do partido, Inger Støjberg. Na Dinamarca, para que uma medida seja aprovada são necessários 90 votos de maioria simples.
Sistema já é adotado em outros países
Em 2014, o parlamento de Oslo estabeleceu o serviço militar obrigatório para as mulheres na Noruega, tornando-se o primeiro país da Europa a tomar tal medida. A exemplo de sua vizinha escandinava, a Suécia, desde 2017, também adota o alistamento militar para todos os gêneros, por falta de voluntários. Em Israel, isso já é obrigatório desde a fundação do Estado, em 1948.
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No continente africano, desde 1993, a Eritreia adota o serviço militar obrigatório para ambos os sexos. Um exemplo asiático é a Coreia do Norte, onde tanto homens quanto mulheres também são obrigados a se alistarem, mas com diferenças. O sexo masculino é convocado aos 17 anos e tem que cumprir dez anos de serviço, já o feminino só cumpre até os 23 anos.