Uma reportagem do jornal espanhol El País revelou que uma empresa espanhola UC Global, SC. espionou o ex-presidente equatoriano em exílio Rafael Correa e seus encontros com ex-presidentes e lideranças políticas latinoamericanas, como Dilma Rousseff, Cristina Kirchner e Pepe Mujica.
As gravações contra Correa foram realizadas entre 18 e 24 de março de 2018 e estavam em uma pasta da um disco rígido com o nome CIA e uma pasta intitulada: “América do Norte/EUA/CIA/Romeu/Brasil/Argentina/Março de 2018/Venegas Chamorro/Travel".
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Em 19 de março de 2018, Correa, Mujica, Dilma e Lula estiveram em uma viagem, a Caravana Lula Pelo Sul, em defesa da campanha de Lula à presidência naquele ano. Os documentos do El País não mostram relatórios sobre o atual presidente brasileiro.
A empresa acompanhou a viagem havia sido contratada para fazer a segurança da Embaixada do Equador em Londres, e teria vendido as informações para a CIA e para o seu principal adversário político, Lenín Moreno, apontado como o principal traidor da esquerda equatoriana.
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O computador de David Morales, ex-militar e dono de uma private contractor, teria espionado também as reunião de Julian Assange. Ele escrevia relatórios e gravava vídeos envolvendo as reuniões privadas de Correia e também encontros que o ex-presidente equatoriano tinha em sua casa em Bruxelas.
Além de encontros com os líderes da onda rosa latino-americana, Morales também teria espionado reuniões entre Correia e o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
Antes mesmo do processo, a defesa de Assange chegou a encontrar David Morales escrevendo e-mails em inglês e chegou a questionar o private contractor sobre essa atitude. Morales é espanhol, sua empresa é espanhola e seu principal cliente, o estado do Equador, também usa o espanhol como língua oficial. O dono da empresa afirmou que a ação tinha como fim melhorar o inglês de seus funcionários.
O caso tramita na Suprema Corte do Equador.