SAÚDE PÚBLICA

EUA liberam pílula anticoncepcional sem prescrição 1 ano após proibição do aborto

Os profissionais de saúde do país votaram unanimemente em favor da decisão em maio deste ano

A pílula anticoncepcional se chama Opill.Créditos: Pixabay
Escrito en GLOBAL el

Os Estados Unidos liberaram, nesta quinta-feira (13), o uso de anticoncepcional sem a necessidade de prescrição médica. A decisão foi da agência Food and Drug Administration, que se equipara à Anvisa do Brasil.

O uso da pílula anticoncepcional precisava de indicação médica. O nome do contraceptivo liberado é “Opill”, composto apenas pelo hormônio de progesterona. A decisão é vista como uma forma de empoderamento feminino, mas, em contrapartida, faz um ano que o direito ao aborto foi proibido em todo o país.

Ajude a financiar o documentário da Fórum Filmes sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Clique em https://benfeitoria.com/ato18 e escolha o valor que puder ou faça uma doação pela nossa chave: pix@revistaforum.com.br.

Dentre os métodos de proteção sexual e gravidez, a pílula Opill é a mais eficaz, estando à frente da camisinha e espermicidas, por exemplo. Uma vez que o país não possui um sistema de saúde pública, a deliberação do anticoncepcional torna a educação sexual mais acessível, já que não será necessário pagar para consultar um médico antes. 

A Perrigo Co., empresa que produz a pílula, tem o intuito de ampliar suas fabricações e tornar o medicamento barato e acessível para todas as idades, e possui um projeto para distribuí-lo entre grupos específicos de mulheres.

Suprema Corte proibiu em 2022

Em 2022, a Suprema Corte dos Estados Unidos proibiu o acesso ao aborto em todo o território nacional, tornando ainda mais urgente a necessidade que a pílula anticoncepcional fosse liberada sem precisar de receita médica. 

A Associação Médica Americana, o Colégio America de Obstetras e Ginecologistas e a Academia Americana de Médicos da Família são algumas das instituições que já apoiavam tal medida sobre o método contraceptivo. 

No mês de maio deste ano, aconteceu uma votação entre diversos médicos especialistas da área de reprodução humana e saúde da mulher, que aprovaram unanimemente a distribuição de uma pílula anticoncepcional sem prescrição, visando os benefícios da decisão.