Um “milagre”. Assim, a defesa de Manuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos, classificou a pena imposta à brasileira pela justiça da Indonésia por tráfico internacional de drogas. A jovem foi presa no país com quase 3 quilos de cocaína.
Nesta quinta-feira (8), ela conseguiu escapar da pena de morte, sentença máxima para o crime no país asiático. Manuela foi condenada a 11 anos de prisão em regime fechado, que serão cumpridos na Indonésia. Além disso, terá de pagar 1 bilhão de rúpias indonésias, equivalente a R$ 300 mil.
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O advogado Davi Lira da Silva explicou que não há possibilidade do cumprimento da pena no Brasil, mas que a progressão do regime é possível no futuro.
No dia 27 de janeiro, Manuela foi indiciada por tráfico de drogas. Após a prisão, ela manteve contato com familiares com auxílio da Embaixada do Brasil.
A defesa da brasileira alega que ela foi “enganada” e usada como “mula” (pessoa que transporta drogas). Davi Lira afirmou que Manuela iria para Bali, na Indonésia, para passar uma temporada de férias e ter aulas de surfe.
Advogado diz que ela foi “obrigada” a viajar
Em um determinado momento, ela teria resolvido desistir da viagem. Porém, foi “obrigada” a prosseguir pela organização criminosa de Santa Catarina, segundo o advogado.
Ainda conforme a defesa, a mãe de Manuela sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). “Disseram que lá ela poderia orar nos templos para pedir a cura da mãe”, destacou Davi Lira, em entrevista ao NSC Total.
Antes de ser presa com drogas, Manuela era revendedora autônoma de cosméticos e roupas íntimas. Ela dividia moradia entre Santa Catarina, com a mãe, e Paraná, com o pai.