Cerca de meio milhão de poloneses foram às ruas de Varsóvia neste domingo (4) para protestar contra o governo de Mateusz Morawiecki, liderado pelo partido Lei e Justiça (PiS).
A movimentação política vem após a gestão Morawiecki autorizar que autoridades investiguem quaisquer cidadãos poloneses que tenham "colaborado" com entidades governamentais ou privadas russas desde 2007.
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Vale lembrar que Polônia e Rússia compartilham uma fronteira na região de Kaliningrado, além de uma história compartilhada desde os tempos do Pacto de Varsóvia.
As manifestações deste domingo exigem eleições livres e democráticas, em busca de uma Polônia alinhada com os interesses europeus.
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“Basta!”, “Não queremos uma Polónia autoritária” lia-se em cartazes exibidos pelos manifestantes, que reúnem centrista, liberais e setores da esquerda do país.
Confira um vídeo das manifestações:
Donald Tusk, fundador do partido Plataforma Cidadã e considerado líder da oposição polonesa, recebeu o apoio do ex-presidente polonês e notória figura anti-comunista, Lech Walesa.
“Vamos a essas eleições para vencer e corrigir os erros desse governo. Eu prometo a vocês a vitória, um fim para o mal, compensação pelos erros e reconciliação entre os poloneses”, disse Tusk à multidão.
O partido de extrema-direita nacionalista e anti-imigração governa o país desde 2015, mas sempre enfrentou dificuldades eleitorais com as grandes cidades da Polônia, como Varsóvia e Cracóvia.
O atual presidente do país, Andrezj Duda, também tem ligações com o PiS e colabora com as políticas do atual governo.
As pesquisas eleitorais mostram que o PIS segue com liderança, mas não consegue manter seus níveis pré-pandemia. A possibilidade de um governo de coalização entre o Plataforma Cidadã, os sociais-democratas (Lewica) e os liberais do Polska 2050 podem tornar o caminho para a derrota de Morawiecki possível nas eleições previstas para outubro deste ano.