O restaurante estadunidense Taqueria Garibaldi foi condenado a indenizar mais de 30 funcionários depois de forçá-los a se confessarem para um falso padre.
O caso foi denunciado pelo Departamento do Trabalho dos EUA, que instruiu as multas e indenizações para os trabalhadores da companhia.
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Segundo as denúncias, os donos da rede contrataram um falso sacerdote que tinha como função perguntar para funcionários quais pecados eles haviam cometido contra a loja.
Assim, funcionários eram coagidos a confessar se roubaram o patrão, se chegaram atrasados ou se haviam violados normas de conduta.
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O problema é que as informações seriam posteriormente enviadas para os próprios donos da empresa, que usariam as informações para coagir ou demitir funcionários.
“Ele perguntou se eu já fui parada por excesso de velocidade, se bebi álcool ou se havia roubado alguma coisa”, disse uma funcionária da Taquería ao jornal Los Angeles Times. “O padre tinha principalmente dúvidas relacionadas ao trabalho, o que eu achei muito estranho", completou.
Após o caso parar nos tribunais, um juiz ordenou o estabelecimento a pagar 140 mil dólares a seus 35 trabalhadores por salários atrasados, danos e prejuízos. Além disso, a empresa tem que pagar outros 5 mil dólares para o Departamento de Trabalho por conta de suas violações às normas trabalhistas estadunidenses.
"As tentativas desprezíveis desta empresa de retaliação contra a equipe foram destinadas a silenciar os trabalhadores, obstruir a investigação e impedir a recuperação de salários não pagos", disse Marc Pilotin, um advogado trabalhista regional em San Francisco.