Em novo relatório, o Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC, da sigla em inglês) concluiu que eventos climáticos extremos forçaram a migração interna de 2,1 milhões de pessoas nas Américas. Em 2022, o Brasil foi o país das Américas – Norte, Sul e Central – com o maior número de migrações internas forçadas por desastres: foram 708 mil por desastres registrados. Esse número é ainda maior quando se incluem todos os países: foram 31,8 milhões de pessoas no mundo todo em 2022. Os deslocamentos relacionados a desastres no último ano também foram 41% maiores do que a média da última década.
Em razão de desastres como enchentes, tempestades, incêndios florestais e secas houve um aumento significativo no movimento forçado de pessoas dentro das fronteiras de seus países. As enchentes foram responsáveis pela maioria: seis em cada dez deslocamentos forçados foram decorrentes desse tipo de desastre. As tempestades foram responsáveis por 1,2 milhão de deslocamentos internos nas Américas, de acordo com o IDMC. Isso quer dizer que foi pouco mais de 50% do total de movimentos forçados na região. Em seguida vêm tempestades, secas, deslizamentos de terra e temperaturas extremas.
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Os dados apontados pelo IDMC destacam os riscos crescentes de migrações forçadas em meio à crise climática. Há uma forte chance de ela trazer eventos extremos mais intensos e com maior frequência e imprevisibilidade. E esses fenômenos podem se tornar ainda mais extremos no futuro, devido aos efeitos do aquecimento global.
Medidas necessárias
Existem determinadas formas de lidar com esses desastres, e algumas medidas são urgentes para diminuir as consequências. Vários países já criaram sistemas de alerta precoce e protocolos de gestão de riscos de desastres e de evacuação. Ou seja, estão mais preparados para as possíveis catástrofes, tanto prévia quanto posteriormente. Além desses sistemas, a realocação planejada é outra medida necessária, reconduzindo pessoas que estão em áreas de risco.