O presidente russo Vladimir Putin saiu ileso de um ataque efetuado por dois drones contra o Kremlin, residência oficial do mandatário, na noite desta terça-feira (2). O episódio eleva ainda mais a tensão no conflito russo-ucraniano.
A informação foi divulgada pela agência de notícias russa Ria Novosti. Um vídeo, publicado nas redes sociais, mostra o momento da explosão de um equipamento em cima do Kremlin.
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Segundo a agência russa, o equipamento foi derrubado "usando medidas de guerra eletrônica e não causou vítimas ou danos". Moscou considera o incidente um ato de terrorismo.
De acordo com o porta-voz do Kremlin, Vladimir Peskov, o presidente russo não se encontrava em Moscou no momento do ataque, mas na residência oficial de Novo-Ogaryovo.
Retaliação
Em nota oficial, a presidência russa disse que considera "o atentado do regime de Kiev um ato terrorista planejado e um atentado à vida do presidente da Federação Russa às vésperas do Dia da Vitória (9 de maio). Em contrapartida, o governo russo informa que "se reserva o direito de tomar medidas de retaliação a qualquer momento, em qualquer lugar, quando for julgado necessário".
Ucrânia nega
O governo ucraniano negou a autoria do ataque.
Segundo a agência Reuters, um oficial da presidência e conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, infomou que Kiev "não tem nada a ver com o ataque. Um ataque ao Kremlin não mudaria nada no campo de batalha e provavelmente provocaria a Rússia para tomar medidas mais radicais".
O porta-voz da presidência da Ucrânia, Serhiy Nikiforov, disse que "a Ucrânia envia todas as forças e fundos disponíveis para liberar o próprio território, e não para atacar aquele estrangeiro".
Abaixo, é possível ver o ataque de um outro ângulo.