Enquanto o caso Vini Jr, vítima de repetidos ataques racistas na Espanha, segue repercutindo internacionalmente, uma brasileira trans, identificada como Bruna, também foi alvo de preconceito e agressão policial na Itália. O fato é destaque nos principais sites do país europeu. Em novo vídeo que circula nas redes, a brasileira aparece com o rosto ensanguentado, após ser violentamente agredida por policiais italianos. As imagens, que serão incluídas na investigação, foram gravadas por um homem que se dirigia ao trabalho. Ao se deparar com o crime, ele sacou o celular e começou a filmar. No vídeo, é possível ouvir a testemunha se dirigir aos policiais e acusá-los de "violência injustificada e desproporcional". "Nós vimos que vocês bateram nela", diz o homem.
Bruna, que sofreu um corte na cabeça, prestou queixa por lesão corporal, tortura e discriminação. Os policiais foram suspensos do serviço de rua e cumprirão apenas trabalhos administrativos até a conclusão do inquérito. O ato criminoso de covardia provocou novamente discussões no país europeu sobre os métodos de ação da polícia e o preconceito contra a comunidade trans e estrangeiros. Bruna, 42 anos, é brasileira e mora há três anos na Itália.
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Entidades e associações de direitos humanos saíram às ruas em protesto contra a agressão e em solidariedade à Bruna. Carregando cartazes "Vidas trans importam" e "Mexeu com uma, mexeu com todas", grupos LGBTs pediram medidas de proteção contra a violência e criticaram o governo italiano, que inclui partidos de extrema-direita.
Imagens do espancamento sofrido por Bruna na última semana circularam pelas redes sociais.