Angelo e Paola mantinham um relacionamento sólido de nove anos. Ambos se conheceram na adolescência, em dezembro de 1996, em uma paróquia na província de Nápoles, na Itália. Ela estava no término da faculdade de economia e ele era eletricista industrial.
Quando deram início ao planejamento do casamento, uma surpresa aconteceu. Os dois afirmaram que sentiram o “chamado de Deus”, decidiram não mais se casar e seguiram a vocação religiosa, se tornando padre e freira.
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Um encontro com o pároco Dom Michelle Madonna mudou o futuro do casal. O religioso repetia a todo instante: “Pergunte a Deus o que ele pensou para você, qual é o seu sonho para você”.
“Deus fez Paola entender que queria que ela fosse dele”, relatou Angelo, em uma postagem no Facebook. Porém, na época, a jovem não aceitou a “proposta”. Os dois terminaram o relacionamento, mas se reencontrariam mais tarde.
Contudo, a história não acaba assim. Meses depois, Paola mudou de ideia e decidiu se tornar freira.
“Continuei minha vida, mas no meu coração fiquei inquieto, tudo era insípido, nada era suficiente para mim, eu tinha tudo e mesmo assim não era feliz”, revelou Angelo. Um ano após, ele também recebeu o “chamado”.
“Certa noite, fiz a fatídica pergunta a Deus, com a qual o padre Michelle tinha nos abordado: por que estou na Terra? O que você quer de mim? Então, abri a Bíblia aleatoriamente no trecho ‘Antes de vos formar no ventre, conheci-vos, antes de virdes à luz, consagrei-vo’”, destacou o rapaz.
Padre e freira de clausura
Com isso, aos 26 anos, o jovem ingressou no seminário e sete anos depois foi ordenado sacerdote. Atualmente, Angelo mora na Alemanha, onde presta serviço pastoral às comunidades italianas.
Paola, por sua vez, se tornou uma freira de clausura, e adotou o nome de Irmã Maria Giuseppina dell'Amore Incarnato.
O padre, responsável pela mudança radical na vida dos dois, afirmou que o relacionamento se transformou numa linda amizade. “Sempre que estou em Nápoles, vou ao mosteiro visitá-la. Seus pais me tratam como um filho e a relação continuou excelente. Toda vez que me encontram na rua ainda perguntam quando irei visitá-los e ainda lembram do meu prato favorito”.